sexta-feira, 10 de novembro de 2017

CAUSOS E ACAUSOS: UM FUSCA... EU... MEU NAMORIDO E... UM PAI! TUDO E JUNTO E MISTURADO

UM FUSCA... EU... MEU NAMORIDO E... UM PAI, TUDO E JUNTO E MISTURADO



Bom, para todos saberem que, efetivamente, num relacionamento, nem tudo são flores.

Início de namoro, e eu super empolgada com o namorado.

Na verdade, serei sincera, meu namoro e morar junto foi tudo misturado. Mal beijei e fui morar junto.

Como sou do interior, depois de um tempo, ele resolveu que era bom eu apresentá-lo ao meu pai.
Gente!!! Meu pai é custoso demais. Mas o rapaz, quis conhecê-lo. E.. Lá fomos nós.

Na época com um lindo fusca azula calcinha.

E ele na empolgação.

Até uma cachaça levou. Isso, porque não sabia, na época, como meu pai se comportava com uma cachaça. E, embora, eu tenha avisado que papai tinha tonel de pinga, ele quis agradar.
Então era isso... um fusca, uma garrafa de pinga e um pai a 400 km de distância esperando a filha com o “namorido”.

Meio do caminho e o fusca pára. E “namorido” sai do carro, avalia e levanta um tanto de hipótese: Gasolina acabou, água do radiador (sim na época tínhamos que colocar água no radiador...) bateria precisando de chupeta. Pára carro para ajudar e nada. O fusca parado e um sol de “rachar coco” na cabeça da gente. E ainda, uns 313 km pela frente...
Tentei opinar e ele disse que depois falava comigo. Então, quase 2 horas depois, surtei e fiz o encaixe da mangueira solta na traseira do fusca e ele ressuscitou. Pronto! Pudemos seguir a viagem.

Nessa época, meu pai era bem mais tranquilo. Meu “namorido” agradou. Tudo era novidade. Enfim, a roça, não era tão difícil assim.

Então para quem acha que não é possível amor à primeira vista... eu sou a prova! E lá se vão 19 anos... e essa primeira vista, às vezes... precisa de uns óculos.

Bom, tudo isso foi para contextualizar o quanto, sempre que vou para roça, é difícil.

Parece que o fusca foi o sinal dos tempos.

Desta vez não foi diferente.

Meu marido, atualmente, adora a roça. Gosta mesmo muito. Eu já fico com uma preguiça, porque quando vou para lá tem “n” coisas para serem resolvidas e papai se antes bebia... hoje, bebe muito mais e... obviamente, está idoso.

 Mamãe separou dele, e para ajudá-lo contatou um senhor que o acompanha nas tarefas domésticas e da roça.

O nome do auxiliar? Vagarento (que acho que fica mais lento, quando lá estou, mas é só uma impressão)...

Então, quando vou para lá, a situação é a seguinte: primeiro o nome Vagarento é dito umas 50 vezes, depois gritado 25, depois praguejado 10 e finalmente escuto meu nome. E lá vou eu resolver. E não adianta eu tentar “atalhar”. A regra proporcional é essa mencionada acima.

Já coloquei algodão no ouvido. Pus travesseiro. Porque todo esse processo leva cerca de 3 minutos. Basta colocar o timer do celular e esperar despertar e ir atender papai, de forma que, reputo dispensável a oitiva da gritaria...

Mas, enfim, um dia todos nós seremos velhos e temos que aceitar o TOC que vem com a velhice.
Meu marido defende papai e fala que tenho que ter paciência com ele e Vagarento... Agora me perguntem se ele atende algum dos pedidos de papai? A resposta: não...

Assim, roça significa, para mim, cansar em triplo, porque atendo meus filhos, marido que quer receber amigos, papai e Vagarento.

Desta vez, ainda, foi mais difícil. Minha mãe não podia ajudar, a casa que moramos estava reformando e ficamos numa anexa de 2 quartos pequenos, sala com cozinha e um banheiro. Conclusão... não tinha a menor condição de usar o banheiro. Eu dormia na sala com meus filhos. Meu marido ia resolver problemas da obra e, algumas vezes acabava por dormir lá.

Vagarento usava seu quarto e papai o outro, e meu marido me dizendo porque eu não dormia com as crianças no quarto de papai.

Tenho uma lista enorme para justificar isso:

1-      Papai tem um penico do lado da cama para escarrar (não quero ser cuspida e nem que um escarro atinja os meninos);

2-      Papai não usa banheiro à noite. Faz suas necessidades líquidas numa garrafa pet. Sempre enche duas no decorrer da noite e, não raras vezes, a garrafa tomba e só podemos limpar de dia... porque ele não quer ser importunado durante o repouso noturno (sim, ele usa essa expressão da Constituição de 1988);

3-      Papai ronca feito uma britadeira, nem tampão de ouvido, destes de avião, contém o barulho;

4-     E em relação a necessidades sólidas só tenho a dizer que ele habituou a ir ao banheiro de manhã, e só tenho a gradecer a Deus por isso.

Detalhe, falando assim, parece que papai é esclerosado, mas não, isso tudo ele faz no inverno, porque segundo ele, vento constipa.

E não importa que o banheiro seja dentro de casa e, só para ele e Vagarento.

Ele diz que a corrente de ar entra pelas gretas e pelos poros do vidro (sim, vidro tem poros para papai, pois é feito de areia derretida de maneira que por mais que se derreta nunca gruda tudo. Daí o vento passa pelos poros e no inverno, é pior, porque o vento é frio -  essa é a teoria dele, que às vezes até faz um certo sentido para mim. Mas só às vezes mesmo).

Bom, de manhã, depois de tudo isso, acordo e sempre vejo se há xixi no chão.

Ele é o primeiro a entrar no banheiro, para se ajeitar. Depois, Vagarento.

E eu não uso, e não deixo as crianças usarem. Uso o tanque para escovar dente e a fossa de fora para xixi. Banho nessas horas só na casa da mamãe.

Desta vez fui massacrada e meu marido falou que ele próprio usava o banheiro do sogro e que eu filha não. Que era uma insensibilidade da minha parte.

Eu sempre tolero as reclamações, mas desta vez não deu. Estava doente e cansada. Não dormia fazia uma semana... Final de semestre é muito difícil...

Daí soltei tudo que papai faz no banheiro.

-O negócio é o seguinte. Primeiro: Papai acorda e vai ao banheiro. Faz número dois e depois a tragédia começa. Sabe o xixi que ele coloca na garrafa? Pois então, esse xixi não é jogado na privada. É jogado na pia porque segundo papai é ácido e limpa germes e bactérias. Segundo: sabe a escova de dentes que a gente deixa no copo ao lado da pia? Então, ele aproveita e depois de jogar o xixi escova a pia com elas. E deixo uma coisa clara: ele não usa a dele. Usa as nossas! Atualmente, apenas a sua. Porque é a única dando bobeira lá!

Desta vez, vi o queixo do meu marido cair... E confesso que achei até que ele iria desmaiar. Pendulou para um lado. Para o outro. Fez ânsia de vômito e com os olhos arregalados só falou uma frase:

- Me diga pelo amor de Deus se seu pai só passa a escova na pia de xixi!!!

Pior que não sei a resposta, e fiquei muda.

De novo ele:

-Por favor... serei objetivo. Ele escova a privada com a minha escova?

Eu: Não sei... mas não deve, porque se tivesse escovado você saberia. Papai evacua e o cheiro é insuportável! Você saberia só de aproximar a escova da boca.

- Misericórdia!!! Acontece que tem sempre uma água sanitária no banheiro!!! E minha escova sempre cheira água sanitária!!!

Eu: Então você já pode ter sua resposta... ele só usa água sanitária em casos extremos. Tudo ele limpa com o xixi ácido. Água sanitária só quando precisa de mais acidez...

Gente... pensei que ia rolar um divórcio ali. Ou até um homicídio. Ou eu ficaria viúva! O homem ficou vermelho, roxo, azul. E eu não tinha o que falar. Já tinha avisado “trocentas” vezes. E ele dando uma de superior, nunca me deixava terminar de falar. Sempre dizendo que ele aguentava coisas do sogro, que eu filha não podia. Que eu era uma desnaturada, blá, blá, blá.

Só que, agora, depois das informações, integralmente, prestadas ele chocou.

Virou para mim, respirou fundo e disse: Muito bem, o que está feito, está feito. O que não tem remédio, remediado está. Vamos voltar agora para casa. Liga para o Clínico Geral e para o dentista. Quero fazer um check up total.

Eu: Mas hoje é domingo. E com sinceridade não tem essa urgência toda. O máximo que você pode ter adquirido é verme.

Com a cara de nojo, ele olhou e me disse:

-Aquelas lombrigas brancas podem estar agora dentro de mim? Vamos embora... AGORA, e antes vou passar na farmácia. Liga para a pediatra urgente e pede um vermífugo para mim. Um bem forte. Pediatra sabe disso melhor que clínico. Menino vive com essas coisas. Liga rápido que dá tempo de matar essas coisas até a gente chegar em casa.

Bom fiz tudo que ele pediu.

No meio da estrada ele parou o carro e vomitou umas três vezes.

Achei que, como não tinha dado homicídio, nem viuvez, com certeza, um divórcio estava esperando para assinatura em cima da mesa da nossa casa, embora, em nenhum momento ele tenha me pedido para acionar o advogado da empresa.

O silêncio perdurou o resto do domingo...

Na segunda, ele cancelou os compromissos e foi fazer o check up total.

Na terça ele disse: Vamos conversar?

Gelei!!!!

E só podia falar: Claro... (mas sinceramente se ouvisse a palavra divórcio ia simular um ataque cardíaco ou um desmaio).

Ele:

-Desculpe por sempre arremedar as suas frases. Nunca deixo você terminar e concluir o que quer dizer. Confesso que depois, desse episódio vou te ouvir mais...


Então... nada de óculos, por enquanto, para esse amor à primeira vista!!!

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

TENTANDO UM LIVRO: POR HORA: "DISK DOUTOR" O DIÁRIO DE UMA AMIGA

CAPÍTULO I




Confesso que já comecei estressada. A porcaria do computador demora a abrir qualquer documento e minha inspiração não dura muito. Outra coisa que preciso deixar constada é que as teclas “n” e  “b” do meu computador estão quebrados, então... mais aborrecimentos tecnológicos.

Realmente, não sei se Bil Gates tem o mesmo problema que eu. Acho que não... provavelmente seu computador é infinitamente melhor e sua internet muuuuito, mas muuuuito melhor. Outra coisa, se mouse não saiu de moda ele deve ter um bem bom coisa que eu não tenho aqui, nem mesmo um bom.

Enfim, só para constar que apesar de muitos obstáculos, cá estou eu para começar minha história.
Nunca fui um prodígio em nada, principalmente em tecnologia e assuntos internéticos, mas possuo características marcantes como presença e todos dizem que sou muito engraçada. Alguns acompanham o adjetivo engraçado com doida.

Fato é que apesar dos pesares trabalho numa firma em que existem muitas possibilidades para pessoas como eu.

O que mais gosto confesso, é a flexibilidade de sair para reuniões sempre e encontrar novas pessoas.
Algumas são arroz de festa, encontro sempre, outras nem tanto... apenas algumas vezes e outras, ainda, só uma única vez. O que faz do serviço uma distração.

Recentemente, neste novo emprego, em que mudei de cidade, resolvi mudar de ares também! 

Pensei: mudança de cidade... mudança de postura e principalmente muita, muita, confiança.

Passei a ler alguns livros não eróticos, mas que posso classificar como semi eróticos o que me deu uma nova perspectiva de vida. Não só percebi, como constatei, que nos homens as coisas funcionam bem diferente da gente. Não que não soubesse. Existem dezenas de estudos sobre isso, mas não queria acreditar que eles fossem tão visual, tão sexual e, porque não dizer, tão sem nocão, previsíveis e chatos. Por outro lado, são engraçados e muito pamonhas. Basta sexo para alegra-los e para determinar a obediência e subordinação dos mesmos às mulheres.

Ocorre que a gente muitas vezes fica cansada, estressada e revoltada com essa postura masculina, que tanto irrita as mulheres, principalmente as casadas.

E é aí, que entra a teoria de minha amiga.

Depois de tentar remar contra a maré durante anos, a mesma chegou à conclusão que não adianta falar português com quem só entende alemão. Traduzindo em miúdos, não adianta falar e discutir com quem só funciona com sexo. Então, o jeito é fazer sexo. Nervosa, cansada, irritada, revoltada com a falta de ajuda. Enfim, é fazer sexo, pensando que se perde uma batalha para ganhar a guerra. Então... segundo sua teoria devemos fazer sexo, independentemente, do estado de espírito. Começar na abstração e evoluir. 

Passar da fase de filosofia para o empirismo.

Como se fosse, mais ou menos o filme “Nosso Lar” só que numa visão evolutiva sexual feminina.
Claro que nesta tese, ela mesmo reconhece, que não são todas as mulheres que possuem o fogo da chama ardente na bacorinha. Inclusive, segundo informações recolhidas isoladamente, a maioria das mulheres que ela tem contato, enchem o saco rapidamente, acompanhado logo em seguida da perda de tesão. (Tenho que fazer um parênteses, realmente, este teclado estragado está me dando nos nervos), mas a ideia aqui é a abstração. E como meu computador, os homens funcionam assim... sempre com duas ou mais teclas estragadas e, travam com frequência o sistema e o programa. Mas! A solução de conserto é bem mais fácil: menos DR, mais sexo.

A aplicação de “Tropa de Elite” no relacionamento a dois estável e bem facinante... armas: sexo (ainda que inicialmente de má qualidade, dá para apurar com o tempo) é só lembrar que no “Tropa de Elite II” o aparelhamento e experiência de Capitão Nascimento estão bem melhores, e porque não dizer, até seu amadurecimento.

Com, essas considerações, de minha, tão inteligente colega, nosso grupo de amigas começou sua caminhada ao Nosso lar sexual e à evolução do relacionamento a dois, com um dos companheiros com limitação relacional muito limitada (leia-se: Homem, que por ter duas cabeças e, preferencialmente,  gostar de usar a de baixo, sofre de déficit de atenção e, devaneiam com facilidade, não conseguindo foco muito grande em nada que não seja sexo. E em questão de sexo... como conseguem foco, raça determinação.

Este (tipo diário) começa, então, pautado na teoria desta minha amiga.

Somos uma turma. Claro que tenho outras turmas mas, esta, em específico, merece destaque especial, porque o contingente de engraçadas e desorientadas é maior.

Na verdade todo grupo de amigas é engraçado e peculiar. Todos os encontros dão bons contos e rendem muitas risadas. É até isso que, acredito, atraem os homens.

Quando novas entramos nos banheiros em bando e ficamos sempre conversando, aguçando a curiosidade deles. Depois de maduras sempre temos os encontros femininos onde rola sempre bebidas e mais risadas o que também aguça a curiosidade deles.

Enfim, reclamam mas, os héteros, não conseguem viver sem a bomba de hormônios, emoções, insegurança, pitis, dramas etc, etc, etc que acompanham o pacote MULHER .

Quanto aos hormônios pouco podemos fazer.

Mas quanto a insegurança... Nossa! Podemos fazer demais.

Então, comecemos pela insegurança. Afinal, se é uma caminhada pela evolução sexual feminina e consequente (gente que coisa fantástica! Digitei consequente errado e o computador corrigiu sozinho. Evolução computadorial começando) melhora do relacionamento a dois: mulher com uma cabeça e homem com duas, sendo a cabeça masculina menor com um domínio de mais ou menos 98 por cento do ser total dele.

Atenção, quando digo menor, isso tem que ser bem interpretado. Homens não tem cabeça de baixo menor em potência, apenas comparativamente com o tamanho do cérebro ela é menor. 

Mas lembrem-se: MEGA POTÊNCIA. MEGA TAMANHO. E, AO QUE PARECE, É APENAS UMA ILUSÃO DE ÓTICA O CRÂNIO PARECER MAIOR.

Por ora... iniciemos a escrita... afinal, existem benefícios em escrever. Liberta e acalma a alma.









terça-feira, 7 de novembro de 2017

DA SESSÃO CINEMA: EM CASA: "UM DIA"




Recentemente, assisti um filme aqui em casa.

Coisa rara vez que sempre que ligo a TV assisto desenho infantil.

Aliás, que me perdoem as super mães que acham tudo o que se refere a universo infantil perfeito, depois de ser mãe. Mas, eu não aguento mais ver desenhos!!!

Enfim, silêncio em casa.

Crianças dormindo e lá fui eu ver o filme UM DIA

Romance...

Foi vendo este filme, que vi que minha praia não é romance, e sim, comédia romântica.

O filme é muito triste e angustiante. Bonito, mas terrivelmente triste. Uma vida aguardando... Uma vida esperando... e quando se consegue...

Acho que devíamos ser mais diretos e ver no que dá. Entretanto, romance, necessita de tempo e ser direto, nem sempre ajuda. Mas anos de espera...

Claro! A sinopse: Emma e Dexter sentem uma conexão especial desde o dia em que se conheceram, Apesar de seguirem rumos diferentes, eles passam a se encontrar todos os anos.

"Um Dia" mostra o quanto alguém que se conhece ao acaso pode se tornar importante em sua vida. Mostra, ainda, como não só esta pessoa muda ao longo dos anos, mas como também nós mudamos emocionalmente e dentro de nosso círculo social. Mostra, principalmente, que histórias podem nascer sem que nem mesmo tenhamos a consciência de que existem. 

Por anos, o casal matem contato e a gente pode perceber as mudanças na vida de cada um. Embora afastados, o filme mostra a evolução dos dois, durante todo o período narrado, mostrando sempre nos anos subsequentes, o que está acontecendo, escolhendo, para, tanto, o dia em que se conheceram.