CAPÍTULO I
Confesso que já comecei estressada. A porcaria do computador
demora a abrir qualquer documento e minha inspiração não dura muito. Outra
coisa que preciso deixar constada é que as teclas “n” e “b” do meu computador estão
quebrados, então... mais aborrecimentos tecnológicos.
Realmente, não sei se Bil Gates tem o mesmo problema que eu. Acho
que não... provavelmente seu computador é infinitamente melhor e sua internet
muuuuito, mas muuuuito melhor. Outra coisa, se mouse não saiu de moda ele deve
ter um bem bom coisa que eu não tenho aqui, nem mesmo um bom.
Enfim, só para constar que apesar de muitos obstáculos, cá estou
eu para começar minha história.
Nunca fui um prodígio em nada, principalmente em tecnologia e
assuntos internéticos, mas possuo características marcantes como presença e
todos dizem que sou muito engraçada. Alguns acompanham o adjetivo engraçado com
doida.
Fato é que apesar dos pesares trabalho numa firma em que existem
muitas possibilidades para pessoas como eu.
O que mais gosto confesso, é a flexibilidade de sair para reuniões
sempre e encontrar novas pessoas.
Algumas são arroz de festa, encontro sempre, outras nem tanto...
apenas algumas vezes e outras, ainda, só uma única vez. O que faz do serviço
uma distração.
Recentemente, neste novo emprego, em que mudei de cidade, resolvi
mudar de ares também!
Pensei: mudança de cidade... mudança de postura e
principalmente muita, muita, confiança.
Passei a ler alguns livros não eróticos, mas que posso classificar
como semi eróticos o que me deu uma nova perspectiva de vida. Não só percebi, como constatei, que nos homens as coisas funcionam bem diferente da gente. Não
que não soubesse. Existem dezenas de estudos sobre isso, mas não queria
acreditar que eles fossem tão visual, tão sexual e, porque não dizer, tão sem nocão, previsíveis e chatos. Por outro lado, são engraçados e muito pamonhas.
Basta sexo para alegra-los e para determinar a obediência e subordinação dos
mesmos às mulheres.
Ocorre que a gente muitas vezes fica cansada, estressada e
revoltada com essa postura masculina, que tanto irrita as mulheres,
principalmente as casadas.
E é aí, que entra a teoria de minha amiga.
Depois de tentar remar contra a maré durante anos, a mesma chegou à
conclusão que não adianta falar português com quem só entende alemão.
Traduzindo em miúdos, não adianta falar e discutir com quem só funciona com
sexo. Então, o jeito é fazer sexo. Nervosa, cansada, irritada, revoltada com a
falta de ajuda. Enfim, é fazer sexo, pensando que se perde uma batalha para
ganhar a guerra. Então... segundo sua teoria devemos fazer sexo, independentemente, do estado de espírito. Começar na abstração e evoluir.
Passar
da fase de filosofia para o empirismo.
Como se fosse, mais ou menos o filme “Nosso Lar” só que numa visão
evolutiva sexual feminina.
Claro que nesta tese, ela mesmo reconhece, que não são todas as
mulheres que possuem o fogo da chama ardente na bacorinha. Inclusive, segundo
informações recolhidas isoladamente, a maioria das mulheres que ela tem
contato, enchem o saco rapidamente, acompanhado logo em seguida da perda de
tesão. (Tenho que fazer um parênteses, realmente, este teclado estragado
está me dando nos nervos), mas a ideia aqui é a abstração. E como meu
computador, os homens funcionam assim... sempre com duas ou mais teclas
estragadas e, travam com frequência o sistema e o programa. Mas! A solução de
conserto é bem mais fácil: menos DR, mais sexo.
A aplicação de “Tropa de Elite” no relacionamento a dois estável e
bem facinante... armas: sexo (ainda que inicialmente de má qualidade, dá para
apurar com o tempo) é só lembrar que no “Tropa de Elite II” o aparelhamento e
experiência de Capitão Nascimento estão bem melhores, e porque não dizer, até
seu amadurecimento.
Com, essas considerações, de minha, tão inteligente colega, nosso
grupo de amigas começou sua caminhada ao Nosso lar sexual e à evolução do
relacionamento a dois, com um dos companheiros com limitação relacional muito
limitada (leia-se: Homem, que por ter duas cabeças e, preferencialmente, gostar de
usar a de baixo, sofre de déficit de atenção e, devaneiam com facilidade, não
conseguindo foco muito grande em nada que não seja sexo. E em questão de
sexo... como conseguem foco, raça determinação.
Este (tipo diário) começa, então, pautado na teoria desta minha
amiga.
Somos uma turma. Claro que tenho outras turmas mas, esta, em
específico, merece destaque especial, porque o contingente de engraçadas e
desorientadas é maior.
Na verdade todo grupo de amigas é engraçado e peculiar. Todos os
encontros dão bons contos e rendem muitas risadas. É até isso que, acredito,
atraem os homens.
Quando novas entramos nos banheiros em bando e ficamos
sempre conversando, aguçando a curiosidade deles. Depois de maduras sempre
temos os encontros femininos onde rola sempre bebidas e mais risadas o que
também aguça a curiosidade deles.
Enfim, reclamam mas, os héteros, não conseguem viver sem a bomba
de hormônios, emoções, insegurança, pitis, dramas etc, etc, etc que acompanham
o pacote MULHER .
Quanto aos hormônios pouco podemos fazer.
Mas quanto a insegurança... Nossa! Podemos fazer demais.
Então, comecemos pela insegurança. Afinal, se é uma caminhada pela
evolução sexual feminina e consequente (gente que coisa fantástica! Digitei
consequente errado e o computador corrigiu sozinho. Evolução computadorial
começando) melhora do relacionamento a dois: mulher com uma cabeça e homem com
duas, sendo a cabeça masculina menor com um domínio de mais ou menos 98 por cento do ser total dele.
Atenção, quando digo menor, isso tem que ser bem interpretado.
Homens não tem cabeça de baixo menor em potência, apenas comparativamente com o
tamanho do cérebro ela é menor.
Mas lembrem-se: MEGA POTÊNCIA. MEGA TAMANHO. E, AO QUE PARECE, É APENAS UMA ILUSÃO DE ÓTICA O CRÂNIO PARECER MAIOR.
Por ora... iniciemos a escrita... afinal, existem benefícios em escrever. Liberta e acalma a alma.
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