terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

MATERNIDADE ESPECIAL

 

Confesso que fiquei muito estressada. E na verdade não está ajudando em nada. Pensar positivo, que vergonha, não tem me ajudado muito, também, não. Então resolvi pensar em algo que poderia me acalmar. Algo de concreto.

E então pensei que na mesma situação em que estou, diversas outras mães estão. E com a mesma incapacidade de reconhecer as suas excelentes qualidades. Duvidam, assim como eu, das suas qualidades de mãe, de profissional de esposa de dona de casa. Em relação às três últimas permanecerei inerte. O que quero, a partir de agora, é ressaltar qualidades maternas que minhas amigas e mães não conseguem ver. Eu vejo diuturnamente nelas. Mas elas não conseguem enxergar. Assim, como eu. Não adianta eu listar minhas qualidades e meditar. Está além da minha capacidade. Mas quando a observação vem de fora, vamos ver se funciona.

A partir de agora, inauguro a corrente materna de qualidades (e olha que detesto correntes, pago minha língua aqui). Acho que consigo. Sempre fui muito observadora.

Vou escrever sobre uma mãe que conheço. Claro conheço várias, umas mais outras menos. Algumas conheço da maneira que a pandemia nos impôs... Via grupo de WhatsApp.

Mas vai dar certo.

Essa mãe escolhida, é uma com quem já convivo há mais tempo. Mãe de um colega do meu filho mais velho, com quem me relaciono há mais de sete anos.

Quando a conheci ela só tinha tido, o melhor amigo do meu filho. E eu sabia da sua existência através do menino.

Trabalhava muito e não ficava, até tarde na porta da escola, conversando com as outras mães, enquanto as crianças brincavam e o porteiro dizia que já eram 19 horas e que tínhamos que ir embora. Também não ia comer a pizza na pizzaria perto da escola.

Não se manifestava muito nos grupos.

Para falar a verdade, se me falassem naquela época, que eu estaria conversando e compartilhando minha vida com ela, hoje, eu não acreditaria.

Não porque era antipática. Mas porque não imaginava mesmo.

Pois bem, essa mãe passou muita coisa e, hoje, tem três filhos. Três lindos meninos.

E é uma mãe que não desiste nunca.

Precisei de um pediatra ortopédico e, ela me indicou um.

Fui à consulta. Excelente profissional. Meu filho foi logo perguntando aos Doutor se ele conhecia o melhor amigo. O médico disse que como ele tinha muito paciente com o mesmo nome, seria difícil ele saber quem.

Nessa hora citei o nome da mãe e ele lembrou imediatamente. Seus olhos claros olharam para cima e ele parou e disse para meu filho:

_ Sei bem quem é o seu amigo. Comecei a tratar dele quando era um ratinho e, hoje, ele está um ratão. Não é mesmo? Está enorme.

Se virou para mim e disse: Das mães que atendo aqui, essa mãe é a que eu considero a mais especial. Eu a admiro demais. Quando entrou no consultório com o filho, ela me pediu um tanto de coisa. Eu disse que o caminho seria longo e exigiria muito. Ela teria que ser firme e seguir minhas orientações à risca, para termos um bom resultado. E o que ela queria não era pouco. Quase 10 anos depois, vejo meu paciente e o milagre que ela tem realizado a cada consulta. E mais, sei que ela conseguirá muito mais. Porque ela é persistente e acredita.

Naquela hora eu pensei: gente o médico vê isso. Ele fala isso e, minha amiga, não raras vezes, se questiona sobre sua aptidão. Ela é fantástica!!!

Acorda cedo, cuida do bebê, ajuda o mais velho nas atividades, e trata o filho do meio, realizando o mesmo milagre.

Vi recentemente o filho do meio e, posso dizer, sem dúvida alguma que, se o primogênito é um milagre, ela já pode ser canonizada, porque o filho do meio está se tornando um imenso milagre.

Apesar de engenheira, de entender de números, probabilidades e estatísticas, em questão de filho ela muda toda a logística matemática, se recusando a aceitar as teorias e, fazendo, sempre, dos filhos, o ponto fora da curva. Aquela exceção boa. Aquele milagre lindo. Aquele milagre que desafia as leis naturais e, nos faz acreditar em algo superior. Que nos faz acreditar que no final do arco íris tem um pote, com mais ouro do que as lendas nos prometem, porque se trata do ouro da vida.

Esse segundo filho foi diagnosticado com autismo. Não falava e não fazia contato visual. Se ela ficou baqueada com o diagnóstico? Ficou sim. Deixou as crianças em casa com o marido. Chorou. Comeu doce. Respirou. Tornou a chorar e, no dia seguinte, aquela supermãe já estava tomando providências para tratar o filho. E disse a mesma coisa que mamãe me falou uma vez: “Ele não precisa de choro, precisa de orientação e tratamento, então... vamo que vamo...” (a parte do “vamo que vamo” é dessa mãe fofa - minha mãe não falava isso)

Hoje ele fala, brinca, ama dinossauros e fez uma amiga minha de exatas ficar boquiaberta com a evolução dele. Contra a maré, mãe e filho demonstram ser possível um novo milagre. Se um raio cai duas vezes no mesmo lugar? Com certeza!!! Dois milagres na mesma casa, realizados pela mesma mãe! Incrível né?

Mostram além, que em se tratando de milagres, não há cota por família. Não há cotas por crianças. Precisam apenas de uma mãe que não desista para se concretizarem.

Cansativo? Não consigo sequer imaginar o quanto. Ela, ainda, faz programação da semana. Todo domingo planeja horários, e anda de bicicleta com o mais velho.

Sim, apesar dos pesares, o mais velho queria andar sem rodinhas na bicicleta. Missão impossível? Não para ela. Está sem rodinhas! E todo domingo andam em torno de uma lagoa.

Como ela consegue? Não sei. E, ainda, tem tempo de ouvir meus lamentos, embora eu sempre diga que morro de vergonha de reclamar com ela (podem me massacrar nessa altura do texto, faço o mea culpa). Mas a amizade que nos une permite isso.

Ela sempre me fala: Tem horas que não dá para pensar: Então, não pense, continue a nadar (como a Dory do Filme “Procurando Nemo”).

Ela é uma mãe tão encantadora. Uma amiga tão linda.

Por isso a escolhi para iniciar essa nova fase.

 Porque apesar da Pandemia, apesar de nos sentirmos mal, apesar dos pesares, pelos olhos dos outros... sem a nossos olhos para nos criticar... sempre existirá uma mãe especial e maravilhosa.

Se o ortopedista pode ver, se eu posso ver, se as leis da natureza cedem diante de tal mãe.

 O que é a Pandemia para tentar mostrar o contrário.

E para ela eu escolho uma música! Poque adoro músicas! Maestro Zezinho, uma nota! ( É preciso saber viver- Titãs):

“Toda pedra no caminho

Você pode retirar

Numa flor que tem espinhos

Você pode se arranhar

Se o bem e mal existem

Você pode escolher

É preciso saber viver”


quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Transplante é vida! Doe órgãos! Doe vida


Há dois meses minha tia foi contemplada com um rim.
Foram mais de três anos de caminhada.... Luta e, sobretudo , esperança. 
Tiveram dias difíceis, dias, ainda mais, difíceis. 
E desses dias sugiram força e determinação para continuar a caminhada. 
Assim, que, depois destes anos, finalmente, chegou a vez dela. 
A luta diária pela vida, as hemodiálises que não deram certo... cateteres...A diálise...
Mas a opção de desistir não existia. Não para ela. 
Conhecemos uma mulher incansável, Determinada e batalhadora.
Ela nos ensinou. 
Agora, uma nova etapa da vida se inicia. Nesta, as  limitações impostas pela doença, deixam de existir.
 Ę assim, percebemos que em toda dificuldade há aprendizado. 
Nada é em vão. 
Seu sofrimento cessa através de uma doação, em que, uma família, diante de uma perda e momento de luto, semeia vida.
Agradeço a essas pessoas, que mesmo vivenciando uma perda imensurável, ainda sim, conseguiram ver o quanto podiam salvar vidas. 
Não se exauriram em sua dor, mas dela, permitiram que se brotassem novas vidas.
Obrigada a família do doador
Obrigada a minha tia que nunca desistiu,mesmo diante de tantos percalços...
Obrigada a Deus por nos proporcionar tamanha benção.
Transplante é vida. Transplante é renovação. 



sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Dieta também tem bolo

                                  Bolo dieta



Você pode usar: 
2 colheres de farinha de amêndoas ,coco ou aveia 
1 ovo 
3 colheres de adoçante culinário 
1 colher de sobremesa bem rasa de fermento em pó 
2 colheres de leite
banana, castanhas, nozes ou até mesmo cacau em pó 

coloque tudo em uma xícara e leve ao microondas por 3 minutos 😘😘

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Poke: comida havaiana que me conquistou


Poke: comida havaiana que me conquistou


A origem do nome Poke, no dialeto havaiano, significa cortar. O que simboliza bastante o prato, pois basta cortar os ingredientes, marinar, montar e servir. No Havaí, o peixe utilizado é o atum ahi, pois é bastante comum naquela região, mas no Brasil as versões do prato utilizam, também, o salmão, por exemplo (por sinal o meu preferido).
Essa onda havaiana, que partiu de Honolulu e desaguou na Califórnia, há cerca de quatro anos, atraiu as atenções no verão brasileiro, em 2016. Parente do sashimi e do ceviche, o poke nasceu no pós-praia havaiano como um prato rápido, leve, porém capaz de aplacar a fome dos surfistas. E avançou fora das praias: mesmo nos Estados Unidos, o poke começou a ganhar destaque nesta época. Começou a fazer fama, inicialmente, na Costa Oeste e já logo, desembarcou em Nova York.
A receita é servida em uma tigela, uma vasilha individual. No Havaí ele não é servido com garfo e faca, mas sim com hashi. Aqui no Brasil, também se oferecem o hashi. Mas nada impede de se solicitar garfo e faca.
O poke, típico do Havaí, mistura cubos de peixe fresco com arroz estilo gohan, molho de soja, castanhas e até frutas.
No Brasil, a onda chegou com força em São Paulo. Mas hoje, em Belo Horizonte já existem vários lugares que fazem. E também, casas especializadas em Poke.
O prato pode ser acompanhado de algas marinhas picadas, fatias de cebola, pepino e cebolinha. Com ou sem arroz, é permitido adicionar também fatias finas de abacate e ovas de peixe. Tiras de massa chinesa wonton também podem fazer parte da escolha l, dando crocância ao prato.
Gosto muito de peixe cru. Comida japonesa é das minhas preferidas. Com dieta então... é minha comida preferida.
No entanto, resolvi há um tempo experimentar o poke. Estava meio reticente... mas me surpreendi positivamente. Hoje sou praticamente uma viciada em poke. Se pudesse comeria todo dia.
Aqui em BH já comi do supermercado supernosso gourmet, da boníssima do Luxemburgo, da boníssima da av raja gabaglia e da padaria vianney. Minha colega já comeu da pokeria na Rua Leopoldina e me indicou demais. Disse que vou adorar.
Meus ingredientes preferidos na montagem do Poke são: o salmão, chips de batata doce, abacate, creamcheese, castanha de caju, cebola roxa, gergelim e cebolinha. A base sempre de mix de folhas. Mas, em dia de tentação vai o arroz japonês que adoro.
Não contei aqui, ainda, mas engordei o ano passado pouco mais de 8 kg. Resolvi emagrecer e de cara cortei arroz e feijão.
Mas essa história conto depois. Por hora, para quem faz o não dieta indico demais o poke! Refrescante e bem gostoso.
Seguem alguns endereços onde a comida pode ser achada em BH :
Guaja - Endereço: Av. Afonso Pena, 2881 - Funcionários
Tmak Contorno: Av. do Contorno, 6283 - Savassi - Contato: (31) 3286-8273
Tmak Seis Pistas: Rua Alameda da Serra, 891 - Vila da Serra - Contato: (31) 3262-2280
My Poke: Rua Leopoldina, 161 - Santo Antônio
Samba Fresh – Poke & Juice Bar: Unidade Lourdes: Av. Bias Fortes, 368 – Lourdes
Unidade Savassi: Rua Fernandes Tourinho, 97 – Savassi
Mercado da Boca: Jardim Canadá
MeetMe: Endereço: Rua Curitiba, 2578 - Lourdes

Você pode também fazer em casa! Seguem algumas receitas. Elas podem ser encontradas nohttps://content.paodeacucar.com/prazer-de-comer-e-beber/3-receitas-de-poke

Poke tradicional
Ingredientes
100g de atum fresco em cubos;
70g de arroz japonês;
½ pepino;
10mL de vinagre de arroz;
½ abacate avocado;
¼ de cebola fatiada;
10g de amendoim;
5g de cebolinha;
5g de gergelim;
10mL de shoyu;
10mL de óleo de gergelim;
Sal e açúcar para temperar.
Modo de preparo
Cozinhe o arroz em fogo brando adicionando 70mL de água em uma panela. Fatie o pepino, o abacate e o atum. Misture o atum ao shoyu, gergelim, cebola e cebolinha e, em um outro recipiente, misture o vinagre com o sal com o açúcar e coloque sobre o pepino.
Separe a tigela e coloque o arroz cozido no fundo e as lâminas de pepino e avocado sobre ela. Coloque em seguida o amendoim e o atum para finalizar. Sirva imediatamente.

Poke refrescante
Ingredientes
100g de salmão fresco em cubos;
70g de arroz japonês;
½ pepino;
½ cenoura;
½ manga;
10mL de vinagre de arroz;
10g de amendoim;
5g de cebolinha;
5g de gergelin;
10mL de shoyu;
10mL de óleo de gergelim;
Sal e açúcar para temperar.
Modo de preparo
Prepare o arroz em 70mL de água. Fatie o pepino, a manga, a cenoura e o salmão. Adicione o pepino à mistura de vinagre, sal e açúcar e o salmão ao shoyu com óleo de gergelim, a cebola e a cebolinha.
Para montar a tigela, coloque o arroz no fundo, posicione logo acima a cenoura, o pepino e a manga e em seguida o salmão temperado para finalizar.
Poke multicores
Ingredientes
100g de salmão fresco picado;
½ cenoura;
¼ de repolho roxo;
1 folha de Nori (alga japonesa) em tiras;
½ xícara de chá de edamame cozido;
Cebolinha verde a gosto;
2 colheres de sopa de shoyu;
½ colher de sopa de óleo de gergelim;
1 pitada de wasabi;
½ colher de sopa de gengibre ralado;
5g de cebolinha;
5g de gergelim;
Suco de ½ limão.
Modo de preparo
Prepare o molho, adicionando as colheres de shoyu, óleo de gergelim, wasabi, gengibre e limão, misturando bem até conseguir um conteúdo homogêneo. Pique o peixe, a cenoura, cozinhe o edamame e fatie o repolho e o Nori em tiras. Coloque os ingredientes bem distribuídos na tigela, regando bem com o molho, deixando as tiras de alga por último, para colocar também com a cebolinha e o gergelim. Sirva imediatamente após o preparo!


Enviado do meu iPhone

sábado, 1 de setembro de 2018

SOBRE GRÃO DE BICO: HUMUS

Amo Humus!

Sempre gostei de patê de grão de bico!

Como de colher e puro se puder.

Outro dia fui comprar e achei caro.

Pensei...

Vou fazer, afinal economizo.

Mas gente!!!! Que dificuldade fazer!

A gente tem que deixar de molho 24 horas...

Depois cozinhar...

Depois descascar (e essa é a parte tenebrosa!!! Muito tempo de vida despendido descascando o grão de bico!!!)

Mas se a gente está precisando de uma terapia... serve até de Terapia Ocupacional.

Depois bater no liquidificador...

Assim... se compensa comprar? Sim! Se vale o preço? Sim.

Essa receita que fiz demora muito. Tem uma da Rita Lobo que ela faz com grão de bico enlatado e pelo que parece é super prático.

Quando fizer posto aqui.

Por ora... a receita que fiz. Peguei no google mesmo

INGREDIENTES:
  • 1 kg de grão de bico
  • 4 colheres (sopa) de molho de tahine
  • 2 dentes de alho amassados
  • Suco de limão a gosto
  • Azeite o quanto baste
MODO DE PREPARO
Deixar o grão de bico de molho de um dia para outro

No dia seguinte trocar a água e colocar para cozinhar em pressão, ou não, até ficar macio

Passar no liquidificador com um pouco da água do cozimento, não deve ficar um creme mole

Reserve

Desmanche o molho tahine com o limão, misture o sal e o alho amassado

Bata com um garfo até ficar um mingau, se precisar acrescente um pouco de água
Misture o azeite

Junte com o creme de grão de bico misturando bem

Prove o sal e o limão

Regue com mais um pouco de azeite e enfeite com folhas de hortelã ou salsinha picada
Receita no https://www.tudogostoso.com.br/receita/25074-homus-tahine.html
Olha as casquinhas... tirar tudo é difiiiiicil


descascado


Bater no liquidificador não é fácil também


sexta-feira, 31 de agosto de 2018

RECEBER EM CASA

Gosto muito de receber em casa.

Em tempos de crise é a melhor opção.

Existem sites, livros, blogs, tudo ao nosso alcance, para receber amigos, parentes e tudo.
Receitas não faltam.

Gosto muito do www.panelinha.com.br da Rita Lobo; gosto do www.menudochef.com.br do Vitor Correia.

Adoro aulas de culinária e cursos de doces.

Mas uma boa pesquisa no google ajuda demais.

Estou organizando as coisas aqui em casa para receber melhor.

Tirando coisas que não uso e ocupam espaço.

Vendo o que preciso e não tenho.

Otimizando mesmo.

Minha tia falou outro dia comigo sobre coisas guardadas e que ocupam espaço em casa. Daí complementou: "Estou tirando as coisas que ganhei de casamento, e nunca usei, e doando, Lê. A final, se não usei em mais de 30 anos, não vou usar mesmo."
Daí pensei... Vou dar uma olhada aqui em casa. Tenho quase 12 anos de casada. O que não estiver usando... vou doar.

E a gente fica surpresa com o tanto de coisas que acumulamos no decorrer dos anos e, não utilizamos. Ocupam espaço em nossos armários... gavetas... na nossa vida...
E estão lá... a espera de serem usados, e não o são.

Uma remexida, assim, faz bem! 

Coisas, por nós não usadas, podem ser muito úteis na vida de outros!

Claro que agora que estou me reorganizando e com a ansiedade que tenho minha casa está o caos.

Mas como aprendi com minha querida amiga: "Vamo que Vamo"!

Como a margarida aqui voltou a aparecer...

Segue uma receitinha de dadinho de tapioca que fiz aqui do Rodrigo do restaurante Mocotó.

Ingredientes
250g tapioca granulada
300g queijo de coalho ralado
500 ml leite quente
8 g sal (pode variar de acordo com o sal do queijo)
1 pitada de pimenta-branca moída na hora
Molho de pimenta agridoce para acompanhar

Modo de preparar
1. Misture a tapioca e o queijo ralado e junte ao leite bem quente, mexendo sempre para não formar grumos.
2. Acrescente os temperos e continue mexendo até a mistura começar a firmar.
3. Despeje em uma assadeira forrada com plástico (para facilitar o desenformar) e cubra com papel filme. Deixe resfriar em temperatura ambiente e leve à geladeira por pelo menos 3h.
4. Corte em cubos e frite por imersão a 170ºC até dourar.
5. Sirva com molho de pimenta agridoce.



Deu super certo! Não tem erro!

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

CAUSOS E ACAUSOS: UM FUSCA... EU... MEU NAMORIDO E... UM PAI! TUDO E JUNTO E MISTURADO

UM FUSCA... EU... MEU NAMORIDO E... UM PAI, TUDO E JUNTO E MISTURADO



Bom, para todos saberem que, efetivamente, num relacionamento, nem tudo são flores.

Início de namoro, e eu super empolgada com o namorado.

Na verdade, serei sincera, meu namoro e morar junto foi tudo misturado. Mal beijei e fui morar junto.

Como sou do interior, depois de um tempo, ele resolveu que era bom eu apresentá-lo ao meu pai.
Gente!!! Meu pai é custoso demais. Mas o rapaz, quis conhecê-lo. E.. Lá fomos nós.

Na época com um lindo fusca azula calcinha.

E ele na empolgação.

Até uma cachaça levou. Isso, porque não sabia, na época, como meu pai se comportava com uma cachaça. E, embora, eu tenha avisado que papai tinha tonel de pinga, ele quis agradar.
Então era isso... um fusca, uma garrafa de pinga e um pai a 400 km de distância esperando a filha com o “namorido”.

Meio do caminho e o fusca pára. E “namorido” sai do carro, avalia e levanta um tanto de hipótese: Gasolina acabou, água do radiador (sim na época tínhamos que colocar água no radiador...) bateria precisando de chupeta. Pára carro para ajudar e nada. O fusca parado e um sol de “rachar coco” na cabeça da gente. E ainda, uns 313 km pela frente...
Tentei opinar e ele disse que depois falava comigo. Então, quase 2 horas depois, surtei e fiz o encaixe da mangueira solta na traseira do fusca e ele ressuscitou. Pronto! Pudemos seguir a viagem.

Nessa época, meu pai era bem mais tranquilo. Meu “namorido” agradou. Tudo era novidade. Enfim, a roça, não era tão difícil assim.

Então para quem acha que não é possível amor à primeira vista... eu sou a prova! E lá se vão 19 anos... e essa primeira vista, às vezes... precisa de uns óculos.

Bom, tudo isso foi para contextualizar o quanto, sempre que vou para roça, é difícil.

Parece que o fusca foi o sinal dos tempos.

Desta vez não foi diferente.

Meu marido, atualmente, adora a roça. Gosta mesmo muito. Eu já fico com uma preguiça, porque quando vou para lá tem “n” coisas para serem resolvidas e papai se antes bebia... hoje, bebe muito mais e... obviamente, está idoso.

 Mamãe separou dele, e para ajudá-lo contatou um senhor que o acompanha nas tarefas domésticas e da roça.

O nome do auxiliar? Vagarento (que acho que fica mais lento, quando lá estou, mas é só uma impressão)...

Então, quando vou para lá, a situação é a seguinte: primeiro o nome Vagarento é dito umas 50 vezes, depois gritado 25, depois praguejado 10 e finalmente escuto meu nome. E lá vou eu resolver. E não adianta eu tentar “atalhar”. A regra proporcional é essa mencionada acima.

Já coloquei algodão no ouvido. Pus travesseiro. Porque todo esse processo leva cerca de 3 minutos. Basta colocar o timer do celular e esperar despertar e ir atender papai, de forma que, reputo dispensável a oitiva da gritaria...

Mas, enfim, um dia todos nós seremos velhos e temos que aceitar o TOC que vem com a velhice.
Meu marido defende papai e fala que tenho que ter paciência com ele e Vagarento... Agora me perguntem se ele atende algum dos pedidos de papai? A resposta: não...

Assim, roça significa, para mim, cansar em triplo, porque atendo meus filhos, marido que quer receber amigos, papai e Vagarento.

Desta vez, ainda, foi mais difícil. Minha mãe não podia ajudar, a casa que moramos estava reformando e ficamos numa anexa de 2 quartos pequenos, sala com cozinha e um banheiro. Conclusão... não tinha a menor condição de usar o banheiro. Eu dormia na sala com meus filhos. Meu marido ia resolver problemas da obra e, algumas vezes acabava por dormir lá.

Vagarento usava seu quarto e papai o outro, e meu marido me dizendo porque eu não dormia com as crianças no quarto de papai.

Tenho uma lista enorme para justificar isso:

1-      Papai tem um penico do lado da cama para escarrar (não quero ser cuspida e nem que um escarro atinja os meninos);

2-      Papai não usa banheiro à noite. Faz suas necessidades líquidas numa garrafa pet. Sempre enche duas no decorrer da noite e, não raras vezes, a garrafa tomba e só podemos limpar de dia... porque ele não quer ser importunado durante o repouso noturno (sim, ele usa essa expressão da Constituição de 1988);

3-      Papai ronca feito uma britadeira, nem tampão de ouvido, destes de avião, contém o barulho;

4-     E em relação a necessidades sólidas só tenho a dizer que ele habituou a ir ao banheiro de manhã, e só tenho a gradecer a Deus por isso.

Detalhe, falando assim, parece que papai é esclerosado, mas não, isso tudo ele faz no inverno, porque segundo ele, vento constipa.

E não importa que o banheiro seja dentro de casa e, só para ele e Vagarento.

Ele diz que a corrente de ar entra pelas gretas e pelos poros do vidro (sim, vidro tem poros para papai, pois é feito de areia derretida de maneira que por mais que se derreta nunca gruda tudo. Daí o vento passa pelos poros e no inverno, é pior, porque o vento é frio -  essa é a teoria dele, que às vezes até faz um certo sentido para mim. Mas só às vezes mesmo).

Bom, de manhã, depois de tudo isso, acordo e sempre vejo se há xixi no chão.

Ele é o primeiro a entrar no banheiro, para se ajeitar. Depois, Vagarento.

E eu não uso, e não deixo as crianças usarem. Uso o tanque para escovar dente e a fossa de fora para xixi. Banho nessas horas só na casa da mamãe.

Desta vez fui massacrada e meu marido falou que ele próprio usava o banheiro do sogro e que eu filha não. Que era uma insensibilidade da minha parte.

Eu sempre tolero as reclamações, mas desta vez não deu. Estava doente e cansada. Não dormia fazia uma semana... Final de semestre é muito difícil...

Daí soltei tudo que papai faz no banheiro.

-O negócio é o seguinte. Primeiro: Papai acorda e vai ao banheiro. Faz número dois e depois a tragédia começa. Sabe o xixi que ele coloca na garrafa? Pois então, esse xixi não é jogado na privada. É jogado na pia porque segundo papai é ácido e limpa germes e bactérias. Segundo: sabe a escova de dentes que a gente deixa no copo ao lado da pia? Então, ele aproveita e depois de jogar o xixi escova a pia com elas. E deixo uma coisa clara: ele não usa a dele. Usa as nossas! Atualmente, apenas a sua. Porque é a única dando bobeira lá!

Desta vez, vi o queixo do meu marido cair... E confesso que achei até que ele iria desmaiar. Pendulou para um lado. Para o outro. Fez ânsia de vômito e com os olhos arregalados só falou uma frase:

- Me diga pelo amor de Deus se seu pai só passa a escova na pia de xixi!!!

Pior que não sei a resposta, e fiquei muda.

De novo ele:

-Por favor... serei objetivo. Ele escova a privada com a minha escova?

Eu: Não sei... mas não deve, porque se tivesse escovado você saberia. Papai evacua e o cheiro é insuportável! Você saberia só de aproximar a escova da boca.

- Misericórdia!!! Acontece que tem sempre uma água sanitária no banheiro!!! E minha escova sempre cheira água sanitária!!!

Eu: Então você já pode ter sua resposta... ele só usa água sanitária em casos extremos. Tudo ele limpa com o xixi ácido. Água sanitária só quando precisa de mais acidez...

Gente... pensei que ia rolar um divórcio ali. Ou até um homicídio. Ou eu ficaria viúva! O homem ficou vermelho, roxo, azul. E eu não tinha o que falar. Já tinha avisado “trocentas” vezes. E ele dando uma de superior, nunca me deixava terminar de falar. Sempre dizendo que ele aguentava coisas do sogro, que eu filha não podia. Que eu era uma desnaturada, blá, blá, blá.

Só que, agora, depois das informações, integralmente, prestadas ele chocou.

Virou para mim, respirou fundo e disse: Muito bem, o que está feito, está feito. O que não tem remédio, remediado está. Vamos voltar agora para casa. Liga para o Clínico Geral e para o dentista. Quero fazer um check up total.

Eu: Mas hoje é domingo. E com sinceridade não tem essa urgência toda. O máximo que você pode ter adquirido é verme.

Com a cara de nojo, ele olhou e me disse:

-Aquelas lombrigas brancas podem estar agora dentro de mim? Vamos embora... AGORA, e antes vou passar na farmácia. Liga para a pediatra urgente e pede um vermífugo para mim. Um bem forte. Pediatra sabe disso melhor que clínico. Menino vive com essas coisas. Liga rápido que dá tempo de matar essas coisas até a gente chegar em casa.

Bom fiz tudo que ele pediu.

No meio da estrada ele parou o carro e vomitou umas três vezes.

Achei que, como não tinha dado homicídio, nem viuvez, com certeza, um divórcio estava esperando para assinatura em cima da mesa da nossa casa, embora, em nenhum momento ele tenha me pedido para acionar o advogado da empresa.

O silêncio perdurou o resto do domingo...

Na segunda, ele cancelou os compromissos e foi fazer o check up total.

Na terça ele disse: Vamos conversar?

Gelei!!!!

E só podia falar: Claro... (mas sinceramente se ouvisse a palavra divórcio ia simular um ataque cardíaco ou um desmaio).

Ele:

-Desculpe por sempre arremedar as suas frases. Nunca deixo você terminar e concluir o que quer dizer. Confesso que depois, desse episódio vou te ouvir mais...


Então... nada de óculos, por enquanto, para esse amor à primeira vista!!!