domingo, 26 de janeiro de 2025

LUTOS DIVERSOS EM PRETO E CINZA

Quanto tempo não venho aqui. Ansiedade, preocupação, cuidados, enfim… coisas que só quem vive pode ter. E como é bom viver. 

Assim, resolvi fazer artesanato.

Primeiro, pintei Nossas Senhoras Aparecidas. E decorei a Primeira Comunhão de meu caçula.

E Depois, em dias de calor em que ficava ocupada demais, mas com as mãos livres, fiz enfeites de Natal, com rolinhos de papel higiênico.

Fiz capas de sousplat, para o Natal.

No meio do caminho minha mamis morreu e eu vivo um luto imenso. Sei que ela é vida, amor, fortaleza e não quer que eu fique assim. Contudo, sinto que meu chão ruiu. 

Tenho medo de não dar conta de fazer o que tenho que fazer. Tenho medo de não ser boa o suficiente para viver. Me perdi em tantas coisas... 

Engordei e por isso lembrei de quando minha irmã morreu, ocasião em que foi o meu primeiro boom "Baleiístico" (sim, politicamente incorreto mas... honesto para refletir a capa adiposa de adquiri esses últimos meses.

Considero que vivi três lutos nos últimos 4 anos. O Alzheimer da minha mamis, a morte de meu pai e toda a confusão familiar em torno de suas despesas, e a morte da minha mãe. Foram longos, extenuantes, posso até dizer desesperadores.

Mas as alegrias que entremeavam os difíceis momentos de grande tristeza me fizeram continuar.

Meus filhos, marido. Minhas amigas da hemodiálise, que mantive, mesmo depois da morte de mamãe, Minha turma do coração, onde senhoras de mais de 75 anos me mostram que podemos seguir. Criei a comemoração de aniversário da hemodiálise. Porque sempre digo: "fazemos hemodiálise para viver e não vivemos para hemodiálise" (apesar de nenhuma de nós fazermos a hemodiálise. No caso delas os maridos fazem).

Quero melhorar e para isso estou tratando. Achei que não precisaria de mais tempo para refletir e só quando fiquei doente, percebi que é preciso parar e se situar. Não é deitar estatelada no chão. Apenas uma parada, respirada para seguir em frente mas sem remar contra a maré.

Voltei a ir a Missa. rezo o terço. Sim, sou Católica e gosto disso, mas apesar disso, minha fé precisa ser mais nutrida, pois sou extremamente, ansiosa. E que tem Deus não precisa ser. Mas vou evoluindo.

Na verdade, já aprendi que o importante não são as quedas que a gente tem na vida, mas sim a capacidade de levantar e continuar. Persistência no levantar. A luta em um ringue de boxe s acaba quando a pessoa cai e não levanta. O juiz faz a famosa conta. Nesse período, em que ele está contanto, antes de bater a mão no chão do ringue, o importante é levantar. E, confesso que não quis muito levantar.

O ringue da vida rodava a minha frente, me deixava tonta, pensava na plateia e imaginava: a vida me merece? Porque, mudei o ponto de vista e de onde estava queria saber é se a vida fazia por me merecer.

Bom... ela faz. Não sou Rock Balboa, mas consigo ver por entre o inchaço nos olhos. Consigo ver na plateia eu mesma olhando para mim e dizendo: levanta aí. Vou pedir ao juiz para contar mais lento, mas levanta aí.

Bom é o primeiro momento de catarse "blogueiro" que tenho, desde esse tempo sem aparecer. Então, paro por aqui.

Pediria desculpas pelos erros eventuais de pontuação, digitação, concordâncias...

Mas ao invés disso vou colocar umas fotos do que fiz.

Pretendo voltar aqui, para contar mais, para mostrar mais fotos.

Se quiserem acessem @atelier_leticiamagalhaes

Não é uma promessa, mas um voto de intenção.

Um beijo👄












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