terça-feira, 27 de junho de 2017

COLUNA: CASOS E ACAUSOS: STARTED IN A POOL PARTY, BUT SEX, ONLY, ON THE BEACH

STARTED IN A POOL PARTY, BUT SEX, ONLY, ON THE BEACH

Confesso que este relato foi me passado, mas utilizei de licença poética para caramba. Então, acredito que, até quem me contou, não irá se reconhecer.

Bom, tudo começou, não exatamente numa pool party.

Minha empresa marcou um curso e todos os funcionários foram para um hotel na praia. Somos uma empresa de estado litorâneo, então, nada mais natural que um curso de capacitação num hotel de praia.

Nesses eventos, sempre temos treinamento de dia e as noites são liberadas.

Pois bem, para mim e grande parte de meus colegas liberado é liberado. Então, vale tudo, como diria Tim Maia...

Já estou nesta empresa há quinze anos. Confesso que aos 40 anos fazia mais sucesso do que agora aos 54 anos. De qualquer maneira, estou bem enxuta. Já fiz lifiting no rosto, botox com certa regularidade, preenchimento com ácido hialurônico (tudo com muita moderação), silicone, e, mesmo sem ter filhos, já fiz períneo, então, sou praticamente uma virgem.

Corro todos os dias e faço musculação. Não sou alta, mas tenho as pernas mais invejadas do meu trabalho.

Então, esperava alguma coisa desse treinamento.

Cheguei e, realmente, não gostei do que vi. A cada reunião, constatava que estava no metro quadrado de homens mais feios do hotel....

Tudo bem que envelheci, mas não importo em ficar com gente nova. Aliás, até prefiro caras de 35/37 anos. São mais discretos. Os solteiros mais jovens só faltam publicar no facebook: sentindo-se livre, comendo uma mulher, no hotel de praia. Enfim, colocam o sentimento, o que estão fazendo e dão check in no local.

Tipo, sentindo-se eufórico, no motel X. Arffff, que tristeza. Como se o prazer estivesse proporcionalmente ligado ao número de pessoas que tomam ciência de que você está praticando sexo.

Por isso os não tão jovens... mas não idosos (apesar do advento do viagra, ainda sim, não quero roer osso)

Bem... e lá... nesse evento... nada de casado ajeitadinho. Nada de solteiro ajeitadinho. A cada lado que eu olhava, mais um feioso aparecia. Calvície era recorrente.



Então, no segundo dia, alguns colegas resolveram fazer uma pool party na piscina de adultos do hotel.

Fiquei mega empolgada com o evento.

Coloquei meu biquíni mais bonito, minha saída de praia mais sensual e lá fui!

Misericórdia!!! Quando cheguei a poll party mais parecia uma festa na piscina da terceira idade.


Me senti, participando do filme “Cocoon”, só faltavam os ET's, porque os velhos já estavam todos, lá. Decepção total!



Alguns homens maduros, mas não idosos estavam lá. Não bonitos, mas pelo menos ao examinar o corpo pareciam que poderiam render algo, e como dizia o ditado (já corrigido): QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COMO GATO.

Então, diminui minhas expectativas e passei a considerar homens maduros (mas não podres: porque se não comi a carne... não vou roer o osso! Era a única coisa que tinha certeza).
Eis que se aproxima de mim o tarado da empresa. Sempre bêbado, mas “rapava” todas. Nunca precisei dar atenção a ele, mas minha situação estava periclitante.

Assim, começamos a conversar:

- Oi Tudo bem? – diz ele.

-Sim...

-Gostando da festa?

- Sim...

-Usa algo mais que monossílabos para se comunicar?

Não aguentei e comecei a rir. Ri muito. Ele até estava sendo simpático.

- Claro, sei manter um diálogo, com outras palavras não monossilábicas.

E fomos conversando, na piscina, noite adentro. E bebendo. Não sei onde, mas a conversa mudou de rumo e ele começou a falar das peripécias sexuais dele. Realmente do nada, já estava sabendo que o homem já havia “comido” cabrita, galinha (essa morreu), égua (e essa descobri que no cio aceita tudo e depois de “comida” anda com o rabo arrebitado, demonstrando a todos da roça o que foi feito no mato), já tinha pegado mulheres, travestis sem badalo (leia-se operado, segundo o mesmo). Gostava de frequentar prostitutas, porque elas “ensinam a arte do amor”. Enfim, tudo do gênero feminino e masculino sem “badalo” já havia sido traçado por ele.

Mas tudo com camisinha porque doença ele não arrisca a pegar.

E eu pensando, quando caí em mim, o que estava fazendo lá. Conversando com o Tarado. Mas ele até que era bonito, na medida da possibilidade (é claro) e parecia realmente entender de como propiciar orgasmos às mulheres.

Então ele chegou mais perto e disse:

- Então... está a fim?

- Aqui na piscina? Na frente de todos?

- Sim, estas festas servem para isso. Mas consigo ser discreto.

Imaginei que sim. Como era uma festa da terceira idade e ninguém estava de óculos, por óbvio, transar na piscina, no meio da festa, não seria problema. Ninguém veria mesmo.

- Mas e camisinha?

- Querida... sempre tenho camisinhas (no plural)

- E onde? Neste exato momento.

- Nesse porta documentos.

- Sei. Pois então... Acho que hoje não rola

- Ok. Mas amanhã, no encerramento, tem Sarau na praia. Talvez, lá você se sinta mais à vontade e eu estou a sua inteira disposição.

- Claro, entre a pratica de sexo com um peixe e outro você estará a minha disposição.

- Isso!

Bom, fui para o quarto. Tomei banho e refleti sobre o que me restava aos 54 anos. Um tarado, ao que parece bem dotado, ou voltar para casa sem nada, na bagagem...

Acordei cedo, e caminhei na praia, antes da palestra de encerramento.

Via os pombos, alguns peixes na correnteza do mar, um calango e imaginava o que o Tarado poderia fazer com eles... Zoofilia é crime. Mas segundo ele, a prática disso tinha ocorrido na roça e quando ele era “de menor”, o que fazia com que sua ficha estivesse limpa até hoje.
No meio do caminho vi um baiacu morto trazido pela correnteza. Na hora pensei: Será fruto de um mergulho do tarado? Mas não. Apenas, tinha o peixe perdido a maré e encalhado na praia.
Nesta hora, voltei da caminhada, tomei um banho e fui para a palestra.

Ao final, um coquetel de encerramento e o Sarau na praia. E lá estava ele. E por incrível que pareça até bonito.

Comecei a conversar com ele e neste dia, mais sóbrio ele não falou tanta asneira.

 E que voz...

Que corpo...

E quando vi já estava na praia sob o luar conversando com ele...

E percebi como o álcool distorce a nossa impressão.

Beijando ele...

Camisinha a postos...

E um orgasmo garantido.

Não é que o cara não só prometia como cumpria?

Quando já ia embora, vez que estava satisfeita, ele interrompe:

- Porque a pressa? O voo é só amanhã.

- Sim, mas acho que já acabamos por aqui – respondo.

- Só se você quiser – responde ele sem hesitar.

- Bom, se for para mais um round desse nível ou melhor, até que fico

- Querida, aqui não é Vale tudo de três rounds. Aqui é MMA com 5 rounds de qualidade, porque o título, SEMPRE, é garantido.

Mais uma vez ri demais, e resolvi encarar a parada.

O que dizer? Muuuuito bom. E não faltou camisinha. Um homem precavido vale por mil. Esse vale por dois, talvez três... hummm, vou pensar melhor.

Mas fica, com certeza, o resumo da ópera: o que começou numa poll party, acabou em sex on the beach.

De agora em diante, meu coquetel preferido será esse. Inclusive, o bar man que inventou esse drink deve saber bem dessas coisas... sarau, luar, praia, um homem disposto a agradar.... A combinação perfeita para um drink numa noitada.


PS: IMAGENS DA WEB

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