Dia pesado de trabalho no hospital. Eu cansada e meus colegas me chamam pra um jantar.
Relutei um pouco, mas como sempre declinava, e declino, convites para happy hour, resolvi aceitar... E lá fui.
O restaurante escolhido: um na Savassi,que nem existe mais...
O ambiente era legal e agradável. Meu amigo reservou uma grande mesa redonda que mais lembrava a Távola Redonda. Acho que o nome do restaurante tinha a ver com isso.
Assim, no fina,l fomos sete colegas de trabalho. Um deles chamou uma amiga e outro trouxe um amigo.
Bom e é, com esse amigo, que a história se passa.
Eu sentei na mesa e, como havia um lugar vago ao meu lado, esse moçoilo sentou na cadeira adjacente a mim.
Aparentemente, parecia um rapaz normal.
À medida que o tempo passava percebemos que se tratava de um rapaz imaturo e esnobe.
Pedia os vinhos mais caros, e insistia que não tinha problema porque iria pagar.
Foi bebendo e ficando inconveniente.
A certa altura do jantar, como ele estava deslocado, pela chatura e inconveniência que emanava, naturalmente, dele, o mesmo virou para mim e começou a conversar.
Eu estava usando um casaco preto com costuras coloridas. Ele me olhou e disse:
- Nota-se pela sua roupa que você é esnobe.
Olhei para ele perguntando se estava falando comigo e ele acenou que sim, e respondo:
- Percebo que você tem um modo muito evoluído de avaliar as pessoas. Vestimenta, certamente, é a melhor escolha para avaliar o caráter de uma pessoa.
Ele, ainda, tentou argumentar, dizendo que as roupas dizem muito das pessoas e que eram o melhor parâmetro para ver o caráter delas.
Jesus, Maria, José! Me acudam que eu não estou ouvindo isso. Sem pestanejar respondi:
- Ótimo! Feita sua avaliação sobre o meu caráter, esteja à vontade para trocar de lugar. A mesa tem outras cadeiras e, certamente, você irá encontrar um par à altura do seu caráter. Alguém cujo o caráter e personalidade possam ser compatíveis com o seu. Apesar de ninguém aqui estar usando jaqueta de couro, como você, acredito que devido a sua capacidade de avaliação de caráter pelas vestimentas, certamente, você sabe o que é compatível com couro no cenário da costura mundial.
- Menina de Deus! Que isso! Não queria te ofender!
- Não me ofendeu.
- Bem, é que eu fico muito ligado nisso de roupa.
- Percebo...
- E tenho o pinto pequeno.
MISERICÓRDIA! Pronto! Até isso tenho que ouvir. Nessa hora, já ia me levantar para trocar de lugar e ele continuou a falar.
- Tenho o pinto pequeno, mas não tenho problema com isso. (Imagino se tivesse. Nunca tinha me visto e já avisando o tamanho do membro, arffff). E continuou sem parar:
- Pois então, já superei e não tenho mais problema com isso. Sério mesmo. Vivo super bem e tranquilo com isso. Literalmente, tamanho não é documento.
Não resisto, e completo:
- Bom, se roupa serve de parâmetro para definir o caráter de alguém, percebo uma certa incongruência no tocante à utilização de seus parâmetros de avaliação. Tradicionalmente, o tamanho do pênis é utilizado para avaliação da potência masculina.
-Sim, mas como vivi e vivo a realidade de um pênis pequeno, percebi que isso não tem importância.
- Moço, sinceramente, não me interessa o tamanho do seu pênis e a forma que você se adapta a isso, nem tão pouco como você utiliza ele. Não quero conversar sobre isso. Sou médica, mas não sou Urologista.
- Não! Que isso! Não estou te falando porque você é médica. É só porque já superei mesmo e, sei que ele é pequeno, e mesmo assim, consigo fazer as coisas com ele.
-Rapaz de Deus! Não quero saber o que você faz com seu pênis. Não quero saber o tamanho dele. Eu não vou pegar uma fita métrica, nem uma trena, e medir seu pênis! Acredito que ele seja pequeno e já entendi que ele é pequeno. Acredito, piamente, que ele seja pequeno. Você sabe a média peniana. Qualquer pessoa que possua Google sabe. Basta uma pesquisa simples. Então, realmente, do fundo do meu coração, acredito que seu pênis seja pequeno. Mas não vou medir seu membro. Não pretendo ver seu membro. E não quero mais conversar de pênis. Se isso não te incomoda, ótimo!!! Se te incomodar, procure um urologista. Existem, cirurgias que propiciam um aumento, ainda que pequeno do membro masculino. Depilações, segundo meu amigo gay, também dão a impressão de aumento peniano. Ademais você está de calça jeans sentado numa cadeira localizada abaixo de uma mesa de madeira maciça. Ninguém está notando no seu pênis. Acredite! MAS PELO AMOR DE DEUS PARA DE FALAR DE PÊNIS NA MINHA CABEÇA!!
Um colega, que acompanhou a conversa de “canto de olho”, começa a rir e comenta:
- Cara ela não vai transar com você por compaixão do seu pênis pequeno. Desencana e deixa a menina em paz.
- Nossa agora choquei! Alguém consegue transar, falando quinhentas vezes que o pênis é pequeno, e depois de chamar a mulher de esnobe por conta de um casaco colorido?!?! Uma mulher transa depois desse estresse todo? Em que mundo vivemos? Essa é a nova tática de transa?
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