Bom, como disse...
aqui fica sendo uma espécie de diário.
minha foto |
Já disse que vou
escrevendo e colocando aqui. À medida que vou tenho idéias vou expondo minhas
impressões, sentimentos.
Recentemente,
mesmo com a correria do dia a dia, criei uma coluna que chamei “da sessão amo
flores”, para mostrar a mim mesma que existe beleza em todos os cantos, e que
posso e consigo reconhecê-la, mesmo ansiosa, nervosa e correndo.
Então... vou me
reconhecendo no dia a dia.
Hoje estava
vendo o filme Moana.
foto da web |
Percebi que, em
sua busca, ela sempre repete para todos quem ela é. Até aí tudo bem. Mas desta
vez, o que me chamou a atenção, foi a parte em que ela repete isso para si
mesma. Quando fraqueja e desiste, a avó aparece para lhe passar força e a avisa
que se ela quiser pode voltar. Ela repete: Eu
sou Moana de Motunui...
Ela sempre fala
que ela é como se fosse um mantra.
Acredito que
tenho que fazer isso. Ela passa o filme se identificando e repetindo que é: Eu sou Moana de Motunui, e quando, está
para desistir ela não só fala essa frase, como reconhece quem ela é para si
mesma: Eu sou Moana de Motunui. Nessa
hora, a frase é diferente e ela aprende quem ela é.
foto da web |
Então, ainda que
repitamos da boca para fora quem somos, uma hora isso se incorpora na gente e a
gente, realmente, se reconhece.
Temos que nos
conhecer e saber quem somos, para descobrir quem os outros são e, como podemos ajudá-los.
Não adianta ter
caridade, sem exercê-la, primeiro, com a gente. Afinal, o que aprendi desde
pequena é: amar o próximo como a si
mesmo.
Se não me
conheço, não posso me amar e por conseguinte amar o próximo.
Moana
- Saber Quem Sou
Disney
Aqui
sempre, sempre à beira da água
Desde quando eu me lembro
Não consigo explicar
Tento não causar nenhuma mágoa
Mas sempre volto pra água
Mas não posso evitar
Tento obedecer, não olhar pra trás
Sigo meu dever, não questiono mais
Mas pra onde vou, quando vejo, estou onde eu
sempre quis
O horizonte me pede pra ir tão longe
Será que eu vou?
Ninguém tentou
Se as ondas se abrirem pra mim de verdade
Com o vento eu vou
Se eu for, não sei ao certo quão longe eu
vou
Eu sou moradora dessa ilha
Todos vivem bem na ilha
Tudo tem o seu lugar
Sei que cada cidadão da ilha
Tem função nessa ilha
Talvez seja melhor tentar
Posso liderar o meu povo então
E desempenhar essa tal missão
Mas não sei calar o meu coração
Por que sou assim?
Essa luz que do mar bate em mim me invade
Será que eu vou?
Ninguém tentou
E parece que a luz chama por mim e já sabe
Que um dia eu vou
Vou atravessar para além do mar
O horizonte me pede pra ir tão longe
Será que eu vou?
Ninguém tentou
Se as ondas abrirem pra mim de verdade
Um dia eu vou saber quem sou
Todos, também,
temos os nossos recifes para ultrapassar. Nossas barreiras... nossas montanhas.
Por mais difícil
que seja, ultrapassar os recifes nos faz amadurecer e, conhecer quem somos, até
onde podemos ir, e o quanto aguentamos.
Considero que na
vida, temos vários recifes para ultrapassar. Cada um a seu tempo.
Uns chamam de
pedras... outros barreiras... prefiro os recifes. Porque demonstram que apesar
de ser difícil superar nossos desafios, eles, ainda sim, tem sua beleza.
Podemos nos
acomodar nos limites do recife. Mas podemos, ir além, além do horizonte.
Não é fácil, mas
com isso crescemos, nos conhecemos.
Nesse caminho...
as vezes, não rara vezes, nos magoamos e magoamos alguém. O importante é não
ter compromisso com o erro. Assim, que superado, reconhecê-lo e tentar perdoar
o próximo e a nós mesmos.
A vida é isso, é
preciso saber vivê-la, e para isso temos que aprender o que somos, e o que é
viver para cada um de nós.
A diversidade
existe e não é ruim. Faz com que o mundo gire, e de uma maneira colorida,
dispersa e divertida. Nada de monotonia, a diversidade impede isso. Faz com que
aprendamos, que somos, pela diversidade do outro.
Cada um aprende
a se reconhecer como indivíduo único e a trilhar sua própria vida e não, a que
o outro, ou outros, acham que seja vida.
É preciso saber
viver... saber quem somos... saber até onde podemos ir... ultrapassar nossos
recifes...
Por hora é isso
que quero.
Ainda, não estou
no mar. Estou construindo minha jangada.
Se ela vai
cruzar os recifes? Sim. Porque acredito em mim, estou aprendendo com a
construção da minha jangada a me conhecer e a acreditar em mim.
Logo, logo
estarei no mar... logo, logo cruzarei meus recifes. E estarei repetindo: Eu sou
Letícia, mas com a certeza de quem sou de fato, e que além do horizonte é bonito.
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