domingo, 26 de fevereiro de 2017

UM "JEITINHO" PRA MELHORAR AS COISAS... SÓ QUE NÃO

Certa vez, estava em audiência com um senhor...

Interior de Minas...

Cerca de mais de quinze anos atrás...

E um senhor, com uma mentalidade, um tanto quanto, digamos, corrompida.


Ele, já havia respondido a alguns processos, portanto, conhecia a dinâmica de uma audiência criminal e do processo criminal.

Muito agitado, falava comigo a toda hora: "E aí, menina? Que que dá de bom para fazer pra mim?"

Expliquei as implicações penais do ato.

O que, em caso de condenação, iria resultar para ele.


O que seria substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direito, e ele entendia tudo, mas queria que eu desse um "jeitinho" de dar alguma "coisa boa" para ele. E eu não rendia a dita "coisa boa", nem o dito "jeitinho". O que resultava em mais ansiedade pro parte dele.

Ele: "Não menina... conversa lá antes e vê que que de bom dá para fazer para mim. Cê entende né? Uma conversinha" E piscava o olho.

Eu: "O Sr. tem que entender que existem implicações, e que tais implicações estão, além de uma conversinha..."

Ele me interrompe, pega meu braço, me puxa para baixo e fala: "Menina de Deus!!! Uma conversinha, chega lá e oferece uma coisa. Para ficar bom para mim. Entende?"

Vixe Maria, pensei eu... oferecer algo? Como assim? Não é possível que estou entendendo errado. Não é possível que esse Sr. queira o que, realmente, estou entendendo que quer.

Constrangida com a situação e vendo que a prosa estava indo numa direção equivocada, respondi: "O Sr. tem que entender uma coisa. Não posso e não vou oferecer nada, porque senão o que estava ruim vai ficar pior... Entendeu? Não trabalho dessa maneira. Assim, se o Sr. estiver insatisfeito com a minha atuação, vamos falar em audiência que o Sr. pretende mudar de advogada. Pode ser?"

Ele: Então... (coçando a barba) o que você pode fazer para ficar bom?

Eu: "Bom... Para ser um bom, muito bom, o ideal é que o Sr. não tivesse feito nada, não é mesmo? Aí seria ótimo. Agora que foi feito, bom, bom não fica mais, e o Sr, sabe... Então... se o Sr, não insistir em atrapalhar, para o ruim não ficar pior, podemos tentar um "médio bom", ou "um médio médio". Pode ser?"

Ele, com uma piscadela disse: "Entendi... aqui não vale presente, agrado, nada não né? Eles não aceitam?"

Eu: "Sim, não aceitam, e não podem aceitar e o Sr, não pode oferecer. Nem aqui, nem em outro lugar, para outras autoridades, entendeu? Não Pode. É crime oferecer coisas para autoridade "melhorar" as coisas para a gente, Entendeu, mais uma vez? E eu , não trabalho desta forma."

Ele: "Menina... entendi sim. Você que não entende as maldades da vida. Mas como a mulher Juíza, lá de dentro, parece que pensa como você... isso de não aceitar agrados, vou ficar quieto."

Eu: "Sim, ela pensa como eu, certamente. E, caso, fosse diferente, como já disse para o Sr, EU, não trabalho desse jeito.".

Ele: "Procê vê minha filha. Antigamente, as coisas eram muito melhores, um porco, um boi, resolvia as "coisa". Depois, um lote, a "feitura" de um serviço especial, resolvia as "coisa". Agora... nada resolve as "coisa" aqui." Esse, povo novo, não respeita as "tradição" dos antigos... dos velhos."

Eu: "Olha bem, o Sr. tem que entender que não é questão de desrespeito de tradição. O errado não pode ser tradição, e..."

Ele, interrompe e diz: "Filhinha... já entendi, vamos logo acabar com isso."

E assim... acabamos com isso.


FOTO DA WEB




sábado, 25 de fevereiro de 2017

"SUBIR BAHIA...DESCER FLORESTA"


A origem do nome dado ao Bairro "Floresta" gera discussões e controvérsias. 
A história mais conhecida, é do historiador Abílio Barreto, que conta que um hotel boêmio chamado Floresta seria o motivo do nome. 
Outra história diz que, quando as pessoas iam para a localidade, falavam que estavam indo para "os lados da Floresta". 
Por fim há uma versão que diz a paisagem verde, parecendo uma floresta que era avistada do Centro quando se olhava para a direção do Bairro, teria sido o motivo do nome.
Na região moraram o poeta Carlos Drummond de Andrade, Pedro Aleixo, Negrão de Lima e, também, o compositor carioca Noel Rosa, veio passar uma estadia em Belo Horizonte para curar de uma tuberculose. 
Outro compositor, Rômulo Paes, mencionou o Bairro Floresta em versos: Minha vida é esta / Subir Bahia / Descer Floresta.
Hoje passei por la e tirei as fotos destas duas confeitarias.






Mas o bairro já foi assim...

FOTO DA WEB

FOTO DA WEB


 FOTO DA WEB


TORTA DE LIMÃO DE 199... E BATATINHA


ESSA TORTA APRENDI NOS IDOS DOS ANOS 90

FUI A CASA DE UM AMIGO, NO DIA DO SEU ANIVERSÁRIO, QUE CAIA NUM FERIADO
15 DE AGOSTO...
EU E OUTRA AMIGA
LÁ ESTAVAM SUA MÃE E IRMÃOS (ERAM, LITERALMENTE, CRIANÇAS, OS IRMÃOS DELE - E, RECENTEMENTE FUI ATENDIDA PELA IRMÃ NO PRONTO ATENDIMENTO... ELA JÁ É MÉDICA!)
A AVÓ TINHA FEITO ESTA TORTA DE LIMÃO PARA ELE.
GOSTEI TANTO, ELOGIEI TANTO, QUE A AVÓ ESCREVEU A RECEITA PARA MIM E, MANDOU ME ENTREGAR NA FACULDADE NO DIA ÚTIL SEGUINTE...
TANTA COISA JÁ SE PASSOU...
NÃO ESTAMOS MAIS NA FACULDADE...
NÃO MORAMOS MAIS COM NOSSOS PAIS...
NOSSOS IRMÃOS JÁ NÃO SÃO MAIS CRIANÇAS...
TEMOS FILHOS...
PROFISSÃO...
MAS A RECEITA E O RESULTADO DA TORTA PERMANECE


BOM MUDAR E EVOLUIR
BOM, TAMBÉM, MANTER O QUE NOS FAZ BEM





A RECEITA (QUE ESTÁ ESCRITA A MÃO NO MEU PRIMEIRO CADERNO DE RECEITA):

TORTA DE LIMÃO

MASSA:

3 COLHERES DE SOPA DE LEITE

3 COLHERES DE SOPA DE AÇÚCAR

3 COLHERES DE SOPA DE MARGARINA

3 GEMAS DE OVO

MISTURAR TUDO

APÓS ACRESCENTAR 1 COLHER DE SOBREMESA DE FERMENTO EM PÓ

APÓS ACRESCENTAR, "NO OLHO", FARINHA DE TRIGO ATÉ DAR O PONTO

COLOCAR A MASSA EM FORMA UNTADA DE FUNDO REMOVÍVEL E ASSAR. EM FOGO MÉDIO, POR CERCA DE 20 MINUTOS, OU ATÉ CORAR.

RECHEIO:

2 LATAS DE LEITE CONDENSADO

1/2 COPO DE REQUEIJÃO DE SUCO DE LIMÃO

MISTURAR ATÉ ENCORPAR

PARA FINALIZAR:

BATER AS 3 CLARAS EM NEVE, NA MÃO, ATÉ VIRAR CLARA EM NEVE

COLOCAR AÇÚCAR A GOSTO

PARA MONTAR:

APÓS ASSADA, COLOCAR O RECHEIO

POR CIMA AS CLARAS EM NEVE

SALTEAR RASPAS DE LIMÃO

SERVIR GELADA


ALGUMAS DICAS SOBRE MEDIDAS NA COZINHA
(FOTOS DA WEB)











quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

DÁ-LHE BOLO

SER MÃE É SER MULTIFUNCIONAL

QUEM É SABE

ENTÃO, APÓS UM CURSO QUE FIZ NO SENAC DE PASTA AMERICANA
(TENHO ATÉ CERTIFICADO)

FAÇO BOLOS PARA O PESSOAL AQUI DE CASA

O PRIMEIRO, DE CINDERELA, FOI PARA A MINHA SOBRINHA

O SEGUNDO PARA O CHÁ DE BEBÊ DO MEU AFILHADINHO
(NÃO FUI MAS DEIXEI O BOLO E PORTA RETRATO DE CHOCOLATE DE PRESENTE)

MAS TENHO MUITO MAIS FOTOS QUE POSTAREI AQUI AOS POUCOS

AFINAL, SÓ AQUI EM CASA FORAM 24 MERVERSÁRIOS, RSRS










LUNCH TIME EM BOA COMPANHIA


NÃO RESISTI E TIVE QUE POSTAR AQUIÉ DE UM TEMPO ATRÁS MAS FOI UMA AGRADÁVEL COMPANHIA EM MEU ALMOÇO



RESTAURAR! ATITUDE QUE TEM QUE COLAR

SÁBADO PASSADO FUI NUM BLOQUINHO NO BAIRRO SANTA TEREZA EM BELO HORIZONTE

NA IDA ME DEPAREI COM ESTA LINDA SURPRESA!

RESTAURADA E RENOVADA

ISSO SIM É ATITUDE QUE TEM QUE COLAR



POT PIE DE FUNGHI

PRECISAVA FAZER UMA COISA RÁPIDA E PRÁTICA AQUI EM CASA, E... ESTAVA COM UM FUNGHI VENCENDO  RSRS

DESCOBRI NO FACEBOOK UMA PÁGINA TASTEMADE BRASIL E SEMPRE QUE PRECISO DE ALGO MUUUITO RÁPIDO DE FAZER, PESQUISO LÁ!!!
TENHO GOSTADO DO RESULTADO
ATÉ HOJE TUDO QUE FIZ DEU CERTO
ESSA POT PIE ADOREI
ENTÃO SEGUE RECEITA QUE SEGUI
TEM VÍDEO E TUDO PARA FACILITAR BEEEEM NOSSA VIDA
FIZ OLHANDO O VÍDEO NO CELULAR NA BANCADA DA COZINHA


INGREDIENTES:

  • 1/2 pacote de massa folhada
  • 50g de funghi seco
  • 500ml de leite
  • 30g de manteiga sem sal
  • 30g de farinha de trigo
  • 1/2 cebola picada
  • 2 dentes de alho picados
  • 1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
  • Azeite, sal, noz-moscada e pimenta do reino a gosto
  • Para pincelar: 1 gema + um fio de azeite
MODO DE PREPARO:

1- Hidrate o funghi seco: Na tigela com o funghi despeje água quente e deixe de molho por 20 minutos. Após, retire os funghi da água e corte em pedaços. Descarte a água.
2- Para o molho: Na panela derreta a manteiga. Adicione a farinha e deixe cozinhar. Aos poucos siga adicionando o leite em temperatura ambiente e mexendo sempre. Tempere com sal, noz-moscada e adicione o queijo parmesão. Misture bem e reserve.
3- Em uma panela regue um fio de azeite e refogue a cebola e o alho. Adicione o funghi picado e deixe apurar alguns minutos. Tempere com sal e pimenta do reino.
4- Despeje o molho na panela com o funghi e misture. Acrescente a salsinha.
5- Abra a massa folhada em superfície enfarinha e corte, usando o potinho como molde.
6- Unte com azeite em potinhos, despeje o creme com o funghi e por cima coloque a massa folhada, como uma tampinha, de modo que ela feche o recipiente, apertando bem as pontas.
7- Misture a gema com o azeite e pincele cada massa. Faça dois cortes na superfície da massa.
8- Leve ao forno preaquecido a 200° por aproximadamente 20 minutos.

  MINHA POT PIE DE FUNGHI


COMO É TORTA DE POTE, A APRESENTAÇÃO PODE SER VARIADA.
ENTÃO, SEGUEM ALGUMAS FOTOS DA WEB, PARA INSPIRAR, NA HORA DE SERVIR UMA POT PIE!










terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

POP CAKE FOR KIS



AMEI FAZER ESSES CUP CAKES

SUPER FÁCIL

É SÓ PEGAR UM BOLO DORMIDO E TRITURAR NO PROCESSADOR
DEPOIS MISTURAR COM DOCE DE LEITE ATÉ DAR O PONTO DE FORMAR BOLINHAS (TIPO BRIGADEIRO)
APÓS, DERRETER COBERTURA SABOR CHOCOLATE E PASSAR AS BOLINHAS GLAÇANDO-AS (SE FOR CHOCOLATE MESMO, TEM QUE TEMPERAR, E AÍ DEMORA, E FICA MAIS DIFÍCIL)
PARA FINALIZAR ESPETAR EM PALITO DE PICOLÉ
PODE DECORAR COM GRANULADOS E CONFEITOS VARIADOS
NO CASO, EU TINHA PASTA AMERICANA, SOBRANDO, AQUI EM CASA E DECOREI COM ELA





FÁCIL, PRÁTICO E UMA DIVERSÃO PARA AS CRIANÇAS QUE PODEM AJUDAR

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

NOVIDADE! E FINALMENTE... INSTAGRAM


E AGORA,
DEPOIS E CONVERSAR COM MINHA AMIGA QUE ME ENSINOU, HOJE,
CONSEGUI UM INSTAGRAM PARA O BLOG
PEÇO PACIÊNCIA PARA COM MEU CONHECIMENTO JURÁSSICO E PRÉ HISTÓRICO EM MÍDIAS SOCIAIS
VOU, DEPOIS, VER COMO CONECTO O BLOG COM O INSTAGRAM
POR HORA
PONHO FOTO AQUI PARA QUEM QUISER LOCALIZAR.
ACHO QUE AGORA VAI FICAR MAIS LEGAL
E ADIVINHEM?!?!
MEU MOUSE ESTRAGOU






UM BOLO PARA COMEMORAR


SALADAS! UMA IDEIA VÁRIAS VERSÕES


A BASE DAS SALADAS AQUI É A MESMA!
ALFACE CRESPA 
ALFACE CRESPA ROXA E SÓ ALGUMA FOLHAS DE RÚCULA (POUCAS MESMO)
MUDEI APENAS ALGUM DETALHE


ESSA PRIMEIRA, SERVI COM FIGO ASSADO COM MEL E AÇÚCAR MASCAVO, SORVETE DE QUEIJO DO VERDE MAR, MELAÇO DO MERCADO CENTRAL DE BELO HORIZONTE E AMÊNDOAS TRITURADAS





ESSA SEGUNDA, COLOQUEI SALMÃO DEFUMADO, COM MEL





POR FIM, NESTA ÚLTIMA COLOQUEI PRESUNTO DE PARMA, CASTANHAS DE CAJU TRITURADAS E UMA REDUÇÃO DE ACETO BALSÂMICO E MEL

domingo, 19 de fevereiro de 2017

CAFÉ COM BOMBOM


ADORO TOMAR CAFÉ
VOU EM VÁRIAS CAFETERIAS AQUI EM BH
CADA UMA TEM UMA COISA BACANA
ESSE LUSTRE É DA VILA BOCA DO FORNO NO FUNCIONÁRIOS




ADOREI OS DETALHES DE XÍCARAS E LOUÇAS ADORNANDO O LUSTRE

sábado, 18 de fevereiro de 2017

CARNAVAL

VOCÊS SE LEMBRAM DOS POMPONS?!?!
AQUI ESTÃO ELES!!!
REPAGINADOS NO MEU CABELO PRÉ-CARNAVAL




sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

ADOLESCÊNCIA "TRANSVIADA"

ADOLESCÊNCIA "TRANSVIADA", ATÍPICA OU SIMPLESMENTE NO SENSE
FOTOS DA WEB


Quando jovens, digo na adolescência, porque, definitivamente, ainda sou muito jovem. Principalmente depois do advento do Botox, do preenchimento com Ácido Hialurônico, do laser e, claro, da tinta de cabelo, velhice é uma coisa que, realmente, ficou para as gerações passadas. Definitivamente, não nos pertence.
Pois bem, éramos pouco convencionais. Enquanto as demais meninas se enlouqueciam com as festas em Belo Horizonte, carnaval na praia mais badalada, Semana Santa em Escarpas do Lago e Viagem a Disney aos quinze anos... Eu e minhas amigas atípicas nos aprontávamos para as festas em Vespasiano, cidade metropolitana contígua à Belo Horizonte.
Nossa alegria era pegar o ônibus em BH e nos encaminharmos para o Carnaval em Vespasiano, Bailes de debutantes na mesma Cidade, e a famosa “Farra da marmota”, sendo em que nesta última, a única disposta a participar de tamanha loucura era a nossa amiga da cidade, que nunca, justiça seja feita, se esquivou de dar a “cara a tapa”.
Para ser mais franca, suas atitudes até hoje demonstram a sua coragem em, não só dar “a cara a tapa”, como a cara ao espancamento. Ademais, sempre foi a literária da turma de forma que dificilmente qualquer coisa que eu escreva agora, ficaria melhor do que em suas narrativas.
Seguem abaixo alguns capítulos memoráveis de nossa vida tenager:

CAPÍTULO UM: DEBUT DE AMIGA 1 EM VESPASIANO COM GUMEX




Nossa amiga mais despachada e, porque não dizer, mais moderna e evoluída que a gente, resolveu debutar em Vespasiano. Vestido longo e branco. Sapatos da mesma cor.  E uma imensa passarela, em que as debutantes podiam desfilar com o cerimonialista resumindo sua atuação na vida da sociedade local enquanto, cheias de cara e bocas, as meninas sentiam-se como se realmente suas proezas aos quinze anos pudessem, quem sabe acabar com a miséria do mundo, ou alavancar a indústria no Brasil.
Afinal, aos quinze anos, claramente já estamos preparadas para mudar a concepção de mundo que os adultos têm.
Pois bem, como nossa colega era a única com evolução suficiente para cruzar a passarela da sociedade Vespasianense, o evento era dela e de Gala.
Arrumamos os melhores vestidos. O meu um lindo vestido com o corpo em renda cor de chá e uma saia de tafetá com um pano armado em baixo para a saia ficar bem rodada, feito uma arapuca. Amiga 2 com um vestido de tafetá rosa chá , com rendas, muitas rendas em tom levemente mais escuros e, com o famoso tecido para transformar a saia em arapuca.
Pode soar engraçado nos tempos de hoje, mas como a moda vai e vem, em breve todas estarão sonhando em consumir a saia arapuca. Provavelmente, depois da Thássia colocar em seu blog as dúvida que restarem sobre usar ou não a saia arapuca, ficarão, absolutamente, dirimidas.
Enfim, vestidos impecáveis e, claro, não podíamos deixar de fazer um penteado. Para ele durar mais, escolhemos uma cabelereira de Vespasiano. Eu ressabiada e, querendo fazer uma trança bem bonita, das que tinham aparecido nas revistas de cortes e penteados, confesso que “titubiei” em relação à competência capilar da cabeleira. Contudo, estimulada por minha Amiga 2, que, como já disse, não tem medo de dar a cara a tapa e, muito menos do ridículo, fui convencida de que a Sra. era capaz de fazer uma trança rabo de peixe em mim.
Sentei na cadeira e o pote do gumex lá , à espera da trança.
A senhora pega um pente, passa sem a menor cerimônia no meu cabelo e começa a emplastá-lo com o gumex. Puxa a franja com tanta força e o cabelo fica tão espichado para trás que imediatamente me transforma numa oriental, com a diferença que não conseguia enxergar nada, pois as lágrimas de dor me impediam e atrapalhavam minha visão que ficou turva. Meus olhos ficaram tão puxados que era difícil manter o foco em qualquer coisa que fosse.
Corajosa minha amiga 2 que, como já disse não tem medo de exposição, mesmo com o resultado desastroso do meu penteado, não se intimidou e, determinada, sentou-se na cadeira e disse: “ Quero um rabo de princesa com uns cachos discretos nas pontas do cabelo.
E lá veio o pente e o pote de gumex e a força do braço da Sra. puxando a cabeleira da minha amiga para trás. Não satisfeita em, provavelmente, ter provocado um descolamento de retina em minha amiga 2, ela continua a saga e pega um baby liss e começa a transformar, não só as pontas, como toda a extensão do cabelo em um, no sentido literal e visual da palavra, Bombril.
                Ao se olhar no espelho amiga 2 indaga na sua humildade: “A Sra. não acha que a franja está muito puxada para trás? Eu estou com dor de cabeça e estou vendo um pouco embaçado. Será que não seria melhor soltar um pouco, quem sabe afofar, para dar uma leveza?
Sem pestanejar a cabeleireira concorda com minha amiga e pega umas mechas da franja e as solta do rabo de princesa. Mas... o que nós não sabíamos era que o pior ainda estava por vir. Como amiga 2 estava deixando o cabelo inteirar, quando a dita cuja soltou os fiapos da franja na cara dela a franja veio parar no queixo, continuando a impedir a visão. Sem hesitação a Sra. pegou a tesoura e, sem que desse tempo de qualquer reação, cortou a franja que há meses esperava para alcançar o comprimento do cabelo.
Desalentadas e sem que houvesse solução para o problema, pelo menos naquele lugar, agradecemos e nos dirigimos à casa de amiga 2, onde nosso vestidos glamourosos nos esperavam, engomados e bem passados. Não consegui conter minha tristeza e amiga 2 não aguentava sua dor de cabeça que, a medida que caminhávamos, aumentava.
Perguntei: “Amiga 2, você acha que isto tá bom?”. Ela responde: “Let não sei, minha dor de cabeça me impede de realizar qualquer juízo de valor sobre o penteado.”
Penso mais um pouco e digo: “Vamos perguntar a seu irmão! Ele é novo e sincero, não vai conseguir mentir para a gente.”
 Chegamos e imediatamente pergunto ao pequeno irmão como nós estávamos. Se estávamos bonitas para ir ao Baile. Ele, estarrecido, olha para a gente e não consegue dizer nada, só um “hãn...” e imediatamente desaparece do local para não ter que dar mais satisfação.
A resposta está dada. Não podíamos sair de casa naquele estado. Entro no banho, lavo a cabeça e seco no secador. Amiga 2 faz o mesmo. Vestimos nossos vestidos glamourosos, o cabelo sem nada. E sinceramente só tínhamos esta opção, sob pena de sermos execradas do baile com a justificativa de extremo mau gosto que, poderia sem sombra de dúvidas, afetar o estado de espírito dos demais convidados.
Acredito que, se não fosse nossa coragem em jogar ralo abaixo todo o gumex usado na nossa cabeça, bem como ,o pagamento do fatídico “penteado” provavelmente estaríamos cegas... teríamos um registro eterno em fotos do quão medonhas estávamos.
Enfim, viva o chuveiro e o shampoo que lavou o gumex!


CAPÍTULO DOIS: BETH GUZZO



Ainda, a famosa década de noventa... Eu doida para pintar o cabelo de vermelho, mas sem autorização de mamãe. Tentando achar uma solução alternativa tive a ideia “giricosa” de usar papel crepom vermelho para tingi-los de vermelho. Nisso, amiga 3, corajosa, decide pintar suas madeixas loiras... de preto.
Assim, sob protestos de mãe de amiga 2, fomos para o terreiro da casa de Vespaziano e dá-lhe papel crepom. Muito tempo depois cabelos secos, eu ruiva, amiga 3 morena, fomos nos arrumar.
Amiga 3, totalmente e completamente, empolgada por estar morena e, com um macaquinho novinho feito para a ocasião com uma estampa meio pantanal (muitas folhagens verdes e umas flores selvagens vermelhas) taca um batom vermelho e lá vamos todas nós. Todas, e duas transformadas em aberrações: “jogue suas tranças, a cabeleira vermelha” e “ preto ébano- a nova Branca de neve”.
Na empolgação do baile no Funil, e com a ajuda da falta de ar condicionado e da “muvuca” que o local sempre ficava em época de carnaval, começamos a dançar.
Detalhe, dançávamos de maneira muito peculiar e porque não dizer... feito loucas.
Essa era nossa tática para afastar pretensos interessados e não perder um segundo de dança elaborando justificativas de porque não beijaríamos ninguém.
E lá iam as investidas de “Flácida couve oleosa”, “Inchum” e uma série de outros pretendentes que, carinhosamente, apelidávamos de acordo com alguma característica que nos chamavam atenção. Na verdade quase todos os apelidos eram formulados por amiga 2, sempre muito criativa.
No meio do Baile, o calor abafando geral eu e amiga 3 começamos a suar e as respectivas tintas de crepom, vermelha e preta, começaram a rolar pescoço abaixo e a manchar nossa roupa.
A solução de qualquer adolescente normal seria retirar-se do Baile e ir lavar a lambança. Contudo, ficamos firmes e forte até o final do baile. Com um adicional: como estávamos completamente manchadas as pessoas olhavam e não se aproximavam.
Resultado, conseguimos abrir uma clareira num Baile lotado e aproveitar um espaço VIP... digamos... ROUGE- BLACK.
 Um refinamento que, já consagrado à época(Christian-Louboutin) - embora não conhecido por nós, nos idos de 1990 - já expandíamos sem saber, rsrs.



                                                                                                                                  

DICA:CLUTCH


ADOREI ESSA CLUTCH
COMPREI NUM OUT LET NO BAIRRO SERRA
LOJA MULTIMARCA



FICA A DICA DE UMA PESSOA, QUE ESTA SEMANA ESTÁ CANSADA rsrs