TONS DE VERMELHO OU A
PERMANÊNCIA DO MARROM? E MAIS... NÃO PERCA O CONTROLE
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Prezadas amigas, em 2015...
Realmente as coisas acontecem e
reacontecem... Posso dizer agora que, pelo menos alguma coisa mudou em mim. Já
possuo um conhecimento, ainda que pequeno, sobre relações SM, vez que terminei
de ler o livro “Cinquenta tons de cinza”.
Chistian Grey é, no significado literal da
palavra, um pervertido e se a trouxa da Anastasia voltar para ele no volume II,
acho que o final do livro III, poderia terminar com ela encontrada morta toda
picada, com as partes do corpo espalhas pelo quarto e os CSI’s entrando pela
porta, possibilitando a deixa para o livro se tornar, não só filme, como,
posteriormente, série.
Me pergunto, inicialmente, quem
poderia, em Hollywood, fazer o papel de Christian Grey. Me sugeriram Jude Law,
mas ele já é quarentão e o rapaz só tem vinte e sete anos. Deixo para a gente
discutir isso, quando estivermos degustando Champanhe, como vocês sugeriram.
Mas como relatado,
anteriormente, tenho que me contentar com “Cinquenta Tons de Marrom”, um bom título
para os fatos que me ocorrem atualmente.
Recentemente, eu ia ter uma
outra audiência. À propósito, com nossa amiga que estava substituindo o Juiz.
Minha audiência era as 15:30 h e, ainda, estava acontecendo a audiência de 14:30
h que tinha um monte de testemunhas e três interrogatórios. Pensei: “Coitada...
logo no dia que ela vem fazer audiência criminal, elas são tão extensas... Vai
ver é o efeito marrom contagiando a todos.” (Mas, na verdade não... audiências
criminais são sempre extensas).
Quando entrei no Andar das audiências,
percebo a figura do meu colega (deixo no masculino para tentar generalizar e
não dar muito na cara rsrs) que endoidou com força e explodiu nos e-mail do
Grupo de discussão do trabalho, colega este, o qual, atualmente, nutro um
sentimento de antipatia profunda (para vocês terem uma ideia gostaria que ele
fosse a Anastasia no final do livro I).
Bom, cheguei, e consegui notar a
presença dele, antes que o mesmo me visse. Assim, pude abrir minha pasta de
processo, e entrar lendo na sala de espera, fingindo que não o tinha visto,
enquanto minha raiva se dissipava e eu pudesse ver em outros tons que não o de
vermelho.
Como não dava para continuar
fingindo que estava lendo e, já tinha de canto de olho percebido que ele me olhara
pela terceira vez, fechei minha pasta, e com ar de surpresa disse: “Fulano,
você por aqui?”
Pergunta cretina uma vez que SEMPRE,
todos, temos audiência, TODOS os dias. Mas na falta do que falar, melhor isso
do que um palavrão. Afinal, anos de estudo no Santa Marcelina não poderiam ser
jogados no ralo, assim, por nada.
Graças a Deus, ele se retirou da
sala e não rendeu assunto, vez que fiquei no meu celular fingindo que estava
mandando mensagens e olhando na internet. (Detalhe meu celular é do “tempo de
onça” e não tem como alguém, achar que ele presta para alguma coisa que não
fazer e receber chamadas).
De repente o fulaninho retorna à
sala e diz: “Letícia a advogada para o acusado está aí. Acho que você não
precisa ficar para a sua audiência”. Respondo; “Claro, mas vou esperá-lo chegar
para confirmar o entendimento.”
Desde a cirurgia foi o primeiro
dia que resolvi usar salto alto. Sempre estava usando sapatilhas. Dois minutos
depois entra o acusado, com cara de eu não fiz nada, e me fala que tinha
constituído advogada e que não precisaria mais de mim. E, ainda, pergunta se eu
iria ficar chateada, que não queria ter trazido o inconveniente de me deixar
ali esperando para a audiência. Pensei e tive vontade de falar para ele ir para
onde Judas perdeu as botas e, quando chegasse lá, caminhasse mais cinco
quilômetros, pois de certo todas as pessoas gostam de perder seu tempo com
coisas deste tipo. E mais, porque eu haveria de ficar chateada? Não sou sua namorada, nem sua esposa! O termo mais
apropriado seria outro.
Mas fiquei quieta. Afinal, poderia ir ao Shopping
Diamond Mall, um pouco mais cedo e encontrar com duas amigas minhas de
infância.
Quando estou para ir embora, meu
sapato de salto arrebenta a tira e eu tenho que voltar descalça para o carro.
Seguro os sapatos em minha mão e
a vontade que tenho e jogar ele na cara do rapaz folgado. Vou caminhando como
se nada tivesse acontecido, olhando naturalmente para os demais advogados que
se encontravam no recinto. Saindo da Justiça me perguntam: “O que aconteceu
Doutora? A senhora está descalça! E não sei porque num ato falho respondo: “É
que operei o quadril.”
Chegando no Shopping Diamond
Mall, coloco minhas Havaianas e vou
para o local combinado. Agora “Cinquenta Tons de Vermelho” seriam
apropriados.
Começamos, eu e minhas duas
amigas (que também estudaram no Santa Marcelina), a conversar. Comentei que
estava lendo o fatídico livro “Cinquenta tons de Cinza” e uma delas me
pergunta: “Ele é bom? Está fazendo um sucesso e eu falei com meu marido para
comprar para dar de presente para a mãe dele, no aniversário dela. Mas ele
ficou indignado e falou se eu estava falando sério. Se eu realmente queria dar
um livro desse para a minha sogra. Mas Let, achei ele um tanto quanto chocado
com a sugestão, se, até você está lendo, não vejo problema em dar o livro para
ela.”
Nessa hora veio no meu
pensamento “Cinquenta Tons de Marrom: A Cagada” (nesta
hora a educação Marcelinica , no pensamento falhou). E comentei com ela que se
ela quisesse causar a segunda guerra mundial e acabar definitivamente com
qualquer relacionamento urbanizado com a sogra dela, ela podia perfeitamente
considerar a hipótese de dar o livro no aniversário dela.
Principalmente, considerando, a
idade da sogra, e o fato dela ser separada. O que, definitivamente, seria um
complicador a mais.
Ademais, pior do que isso só o Grande Mentecapto fazendo coco no tubo
de ventilação da festa e o coco espirrando na cara de todo mundo. (umas das
cenas de livro em que mais ri na vida, e, no filme, não tive o mesmo efeito de
risada).
Falei sobre o ocorrido na
fatídica audiência e disse que seria mais um bom capítulo para o meu livro.
Nisso minha outra amiga, achou a
ideia fantástica (a de escrever o livro “Cinquenta Tons de Marrom”).
Revirei os olhos como a
Anastasia faz quando discute com Sr. Grey e entendi, o porquê, dela fazer isso.
Depois de tudo esclarecido
começamos a rir e a devanear sobre os tons de cinza, vez que elas queriam saber
o que tinha de tão cabuloso no
livro.
A gente ria tanto que dois
homens sentados atrás da gente começaram a se interessar sobre o que falávamos.
E a cada comentário do livro vinha uma observação curiosa de cada uma de nós.
Bolas de prata? SM? Algemas?
Cetim vermelho? Isto está mais para uma Operação da Polícia na Rua Guaicurus!
Aí não poderia deixar de
relembrar a audiência em que nós começamos 10 horas da manhã e terminamos à
meia noite ouvindo mais de trinta profissionais da vida.
Uma delas comentou que na porta
dos quartos ficava uma lista de serviços a serem prestados e o preço correlato
dos mesmos. Lembrei da lista em frente a cada porta em que o cliente podia
escolher, segundo ela, desde o mais “simples” ao mais “complexo”. E da pergunta
do Juiz: “A senhorita poderia especificar o que seria o simples e o que seria o
complexo?” Ela olhou e disse: “Dr. o senhor tá falando sério? “Ele acenou com a
cabeça que sim. E ela responde: “Bom, simples, é o que toda esposa faz,
complexo é o que a gente tem que fazer porque elas não fazem. Deu para entender
mais ou menos?”
A audiência continuava e a certa
altura o Promotor fez uma pergunta e o Juiz disse: “Aqui... acho que esta
pergunta não tá muito dentro do contexto, porque... fogo morro acima e água
morro abaixo... mulher quando que dar ninguém segura. Mas se o Dr. entender
pertinente... A cara do Promotor ficou branca e ele disse: “Depois desta sua
explicação Dr., acho desnecessário.
Com estas palavras “sábias” do
Magistrado entendemos o porquê da Anastasia
insistir tanto na relação com o Sr. Grey. Além, é Claro do Audi, das roupas, do
I Pad, da 1ª Classe, do voo de Helicóptero e tudo mais que acompanha o pacote
Grey.
Enfim, mais um pouco de Anastasia e sua burrice
insana. Mas parece que o segundo livro vai ser melhor... o Sr. Grey está se
esforçando... Vamos ver onde vai dar...
Beijos,
Lê.
PS: Acho que chega de TONS rsrs
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