segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

GINÁSTICA!



GINÁSTICA!

E então... depois de quase uma vida sem ginástica, você resolve fazer.
Escolhe hidroginástica, por conta do baixo impacto, e vai satisfeita praticar o exercício, juntamente, com um tanto de velhinha. 
A idade média da turma gira em torno de 60 anos e tem umas idosas, fofas, de mais de 85.
Bom, mas, apesar da idade, as idosas ou pré idosas (contextualizando: idoso pelo estatuto do idoso é a partir de 60 anos) estão lá! tranquilas.... Se exercitando.... E você vai acompanhar  a turma e não entende porque TODAS estão sorrindo durante os exercícios e, justamente, você está,  praticamente, estrebuchando na piscina.
A professora tem 23 anos e, para contextualizar, mais uma vez, porque para o acontecimento que quero contar, é necessário dizer que quando se tem 23 anos, qualquer coisas que soe acima de 27 anos é considerado velho e 30 anos é, praticamente, o Poltergeist da terceira idade (vide boa forma da Giovana Ewbank, em que ao fazer 30 anos, a mesma diz estar confortável com a idade e sem crise dos 30)
Pois bem, dito isso, lá se vão os acontecimentos:
Na terceira aula, eu ainda estrebuchando na piscina, me entra, atrasada, praticamente em câmera lenta, balançando seus sedosos cabelos loiros, como em filme, uma mulher de corpo maravilhoso. Mas maravilhoso mesmo. Completamente descontextualizado do ambiente de hidroginástica. E quem me conhece sabe que, quando eu falo corpo maravilhoso, é porque o corpo de fato é bom mesmo.
Os velhinhos até engasgam com a água.
Eu quase engasguei, ou afoguei.
Pois bem, no dia seguinte, conversando com a professora de 23 anos perguntei sobre a moça. E ela me diz que ela entrou na academia e o corpo dela ficou excelente com exercício e uma dieta.
Daí, despreparadamente, comento que quando se é nova o corpo fica bom rápido.
A professora diz: “Que isso! Ela é velha”.
Mais uma vez, sem me contextualizar, digo: “é.... velha com 30 anos recupera rápido também...”
Ela: “Não... quando eu digo velha, é mais velha mesmo. Tipo quase quarenta”.

QUASE QUARENTA?!?! Velha mesmo?!?!Morri. 

Eu, então, continuo, fingindo normalidade, sem querer dar o braço a torcer: “É.. mas, sem ter tido filhos o corpo sofre menos...” 
A professora de 23 anos: “Nada, menina! Ela tem três filhos”. 
Três filhos!!!! Uma barriga chapada, um bumbum que olha para o céu. Usando biquíni tanga (que deu para ver que não fez abnoplastia). Tá de brincadeira comigo?!?!?
E, então, com mais algumas aulas e melhor inserida no ambiente de academia você descobre que: as pessoas se exercitavam na década de 80; faziam ginástica na década de 90; malhavam nos idos de 2000; e há mais ou menos 6 anos elas TREI-NAM.
E fazendo os cálculos, os quais não são muito bem vistos, no meu mundo de humanas, sem a ajuda de uma calculadora, por alto, você percebe que não entra numa academia desde antes da professora nascer.
E que o título do texto tinha que ser retificado para: idealmente TREINO ou pelo menos MALHAÇÃO.
PS: Escrevi este texto em 12/12/2016. E fui acompanhada por uma butterfly!!!


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