NA CRISTA DA ONDA: COMENTÁRIO “50 TONS DE
CINZA”
Na crista da
onda, temos o lançamento de “50 tons de
cinza mais escuros”.
Já li os três
livros e vi o filme “50 tons de cinza”...
só um reticências para justificar o que fizeram com o primeiro livro nas telas
do cinema...
Minha sorte é
que fui com quatro amigas. Tentamos a sala VIP de um shopping aqui em BH, mas
tinha sido reservada para comemorar um aniversário, então estava sem vaga.
Juntou também a falta de tempo e logística
para reservar essa sala com antecedência. Não sei como é na cidade de vocês,
mas aqui em BH a melhor sala VIP é bem pequena.
De qualquer
maneira, para encarar o filme, parte dois, oriento reservarem salas Vips na
cidade de vocês, para ficar melhor e mais divertido. Porque se o livro é de
crítica duvidosa... o filme é de crítica pavorosa. Pelo menos o primeiro.
O segundo posto
aqui minhas impressões, assim que assistir.
Pois bem,
voltando a saga de assistir o primeiro filme da série 50 Tons de Cinza.
Contextualizo: o
livro foi uma febre na época do seu lançamento. Todas as mulheres lendo. Foi
tipo uma revolução para a leitura feminina. Um regate do tipo “Sabrina” (que as mulheres da época de
nossas mães liam - mas, na sua maioria, não admitiam), só que com muito mais
sexo e descrição de membros reprodutivos e suas veias.
Voltando ao foco
da saga: fomos nós cinco ao Shopping e como não tinham vagas na sala VIP,
compramos na normal mesmo e fomos jantar no restaurante Japonês, localizado
próximo à sala de cinema.
Comemos, e
bebemos muito espumante, e fomos bem legres para a sala de cinema, já
devidamente calibradas. Uma de minhas amigas adora puxar o pedido de espumante
e sempre que o garçom vem apontar a garrafa vazia ela, antes mesmo dele
pronunciar qualquer palavra, diz: “Amigo, tô entendendo não, pode pegar outra
para a gente. A garrafa acabou mas o espumante não”. Tudo em tom Jocoso que
todas adoramos.
Assim, de fato,
estávamos calibradas.
Entramos já
animadas e falando muito. Tipo “maritaca” mesmo. Aliás, a mulherada toda estava
agitadérrima e várias também
calibradas. Evento feminino é isso, muita conversa, uma em cima da outra e,
obviamente, todas falando juntas ao mesmo tempo.
Plateia do
filme: Basicamente só mulheres. Algumas raras, acompanhadas por maridos ou
namorados, que dê certo, pagaram caro para os companheiros, quando chegaram em
casa. Porque, DEFINITIVAMENTE, não é filme que o público masculino gosta.
Ressalto, por
fim, um casal mais velho, pela faixa dos 60 anos: um senhor e uma senhora, (o
que deveras me surpreendeu. Não a presença da senhora, mas a companhia do
marido lá: eles usavam alianças iguais, assim, presumo – casados).
Filme começa! Sinceramente,
foi só começar para não entender nada. Eu tinha lido o livro e as minhas amigas
também, mas todas há um tempo razoável. E não fazia muito sentido. Na verdade,
nenhum sentido.
Os incrédulos
poderão achar que era efeito do álcool, mas não... Esse é o tipo de filme para
esvaziar cabeça, apenas sexo e chibata. Sem reflexões (apesar das chibatadas
merecerem um estudo dentro da lei Maria da Penha. Mas definitivamente não
estávamos num Simpósio de Direito Penal). É filme tipo novela, que você pode
perder vários capítulos que não tem importância. Dá onde você começar... dá
para entender.
Ocorre que o
mínimo de coerência um roteiro adaptado tem que ter, e a minha sensação foi de
que o roteirista foi tirando na sorte as páginas que iria gravar. Assim... tipo
você pega o livro e começa a folear, quando sua amiga fala já, você para e lê a
página que caiu (na adolescência usávamos, eu e umas amigas, muito essa tática,
para ver o que estava “reservado” para a gente).
Então, foi isso.
Páginas aleatórias gravadas em estúdio. O rapaz do filme, infelizmente, não me
convenceu como Christian Grey, mas a moça, manteve uma representação, boa que
não vulgarizou a personagem na tela. Entendo, que captou a essência da personagem
do livro ( gente esqueci completamente o nome da personagem!!! Sei que é com
“A”, mas não é Anastácia!!!!! Mas como disse no início é um Blog sem pressão,
se for conferir o nome aqui, e digo que não tenho mais o exemplar, não vou
terminar de escrever nunca, e perco o
“fio da meada”).
Todo mundo,
olhando a tela. Todas chocadas, mas sem decepção por conta da oportunidade do
encontro, e pela excelente, e porque não dizer, oportuna, insistência de nossa
querida amiga, no espumante pré filme.
A coisa ficou
tão sem nexo com o passar dos minutos que nem minha “memória de elefante”
conseguia captar algo do livro. Começamos a rir.
Gente, quando eu
tenho uma crise de riso no cinema é uma coisa. Não consigo parar. E a risada
meio que contamina o cinema todo. Daí a mulherada toda ria. Ria muito. Muito.
Muito. O filme acabando, e todos riam muito.
O senhor por
volta dos 60 anos pedindo para parar de rir (para poder prestar atenção na
história e entender!!!). Aí, não aguentei e ri mais ainda, compulsivamente.
Falei entre risos que iria sair da sala para ele poder compreender melhor a
estória do filme, mas já estava chorando de tanto rir. A esposa do senhor, ria,
também, e disse que não era necessário sair, que explicava depois o filme para
ele.
Gente, foi muita
risada numa sala de cinema só. A personagem do filme levou as “não sei quantas
chibatadas na retaguarda e terminou o relacionamento com o Christian Grey. E a sala
inteira rindo.
Só o senhor mais
idoso que demonstrou uma certa insatisfação no final. Mas tenho certeza que se
a mulher dele explicou as partes boas do filme (considere-se parte boa: a realização
se sexo várias vezes - sem o uso da chibata e o termino do romance)
empiricamente, na prática, sem teoria... acredito que deve estar agradecido a
mim até hoje. E com certeza verá o filme II.
Então, para “50 tons de cinza mais escuros”, algumas
dicas úteis que, entendo, não podem faltar:
1-
Vejam com amigas, a companhia delas é
fundamental para dar mais alegria;
2-
Tentem reservar a sala VIP (é o que vou fazer
com estas amigas);
3-
Calibrem-se com um pouco de espumante, seja na
sala VIP, ou mesmo num restaurante perto do cinema;
4-
Ao chegar em casa, acordem os maridos e
aproveitem o efeito das boas risadas, da diversão entre mulheres e da
calibragem proporcionada pelo álcool, para dar uma “atenção especial” a eles.
Isso renderá muitos Vales Nights
(fundamentais para quando se tem filhos pequenos).
TONS DE CINZA |
Beijos e até a próxima!!!!
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